Mundo

EUA nega ter oferecido anistia para Maduro deixar o poder na Venezuela

Resultados das eleições na Venezuela são questionados pela oposição e parte da comunidade internacional

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (AFP)

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 17h02.

Tudo sobreVenezuela
Saiba mais

Os Estados Unidos negaram nesta segunda-feira que tenham oferecido uma anistia ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para persuadi-lo a deixar o poder depois que a autoridade eleitoral proclamou sua reeleição nas eleições de 28 de julho, resultados questionados pela oposição e parte da comunidade internacional.

O porta-voz adjunto do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, negou em entrevista coletiva de imprensa uma matéria do "The Wall Street Journal", que publicou que o governo de Joe Biden teria oferecido uma anistia para persuadir Maduro a deixar o poder antes do fim de seu mandato em janeiro.

"Não fizemos nenhuma oferta de anistia a Maduro ou a qualquer outra pessoa após a eleição", disse Patel quando perguntado sobre o assunto.

O porta-voz disse, no entanto, que os EUA "estão considerando uma ampla gama de opções para pressionar Maduro a retornar a Venezuela ao caminho da democracia" e afirmou que é hora de o chavismo e a oposição "iniciarem conversas para uma transição pacífica".

O joenal citou três fontes não identificadas dizendo que os Estados Unidos ofereceram perdões a Maduro e às principais autoridades do chavismo que enfrentam acusações do Departamento de Justiça para persuadi-los a deixar o poder.

Em 2020, os EUA ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à prisão de Maduro, que é acusado de tráfico de drogas com seus aliados, detalhou o jornal.

O próprio Maduro disse na sexta-feira passada que os Estados Unidos estão dispostos a lhe dar "o que for preciso" para deixar o poder, mas exigiu que Washington deixe a Venezuela "tranquila".

Os Estados Unidos não reconhecem a vitória de Maduro nas eleições de 28 de julho, que foi proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sem publicar as atas de votação, e consideram que o vencedor foi o oposicionista Edmundo González Urrutia, de acordo com os registros obtidos pelo bloco majoritário da oposição.

Por sua vez, os EUA apoiam os esforços de mediação do Brasil, Colômbia e México, que têm relações com Maduro, para tentar verificar os resultados das eleições.

Acompanhe tudo sobre:Venezuela

Mais de Mundo

Terremoto de magnitude 4,4 atinge Los Angeles

Aumenta pressão internacional por uma trégua entre Israel e Hamas em Gaza

Irã poderia realizar um 'grande ataque' contra Israel esta semana, diz Casa Branca

Mpox: OMS pede que fabricantes submetam vacinas para uso emergencial

Mais na Exame