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EUA não reconhecem referendo e podem aplicar mais sanções

Barack Obama disse que referendo na Crimeia foi violação da lei ucraniana e acrescentou que EUA estão prontos para impor mais sanções contra a Rússia


	Presidente dos EUA, Barack Obama: "estamos prontos para impor mais sanções"
 (Yuri Gripas/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama: "estamos prontos para impor mais sanções" (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 13h13.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que o referendo na Crimeia foi "uma clara violação" da lei ucraniana e acrescentou que seu país está "pronto" para impor mais sanções contra a Rússia se Moscou não mudar sua posição.

"Estamos prontos para impor mais sanções", advertiu Obama em discurso na Casa Branca feito após o governante emitir uma ordem executiva com sanções contra sete altos funcionários do governo de Moscou e quatro cidadãos ucranianos, entre elas o presidente deposto Viktor Yanukovich.

A advertência aconteceu pouco depois de o presidente americano emitir hoje uma ordem executiva com sanções contra sete altos funcionários do governo de Moscou e quatro ucranianos, entre eles o deposto presidente Viktor Yanukovich.

Segundo analistas, se trata das sanções mais significativas impostas pelos EUA à Rússia desde a Guerra Fria.

O referendo realizado neste domingo na república autônoma ucraniana da Crimeia sobre sua reincorporação à Rússia foi "uma clara violação" da Constituição da Ucrânia e do direito internacional e, portanto, "não será reconhecido pela comunidade internacional", reiterou Obama.

"Vamos continuar deixando claro à Rússia que mais provocações não conseguirão nada, exceto isolar ainda mais" Moscou, ressaltou o líder americano.


A intervenção militar russa na Ucrânia "só aprofundará o isolamento diplomático" de Moscou e provocará "uma fenda maior" em sua economia, insistiu.

"Quanto ao futuro, vamos calibrar nossa resposta em função de se a Rússia decide agravar ou não a situação", disse Obama.

O presidente voltou a se mostrar confiante em conseguir uma solução diplomática para o conflito de uma forma que beneficie os "interesses" tanto da Rússia quanto da Ucrânia, mas afirmou que para isso é necessário que Moscou se retire da Crimeia, aceite o envio de observadores internacionais e inicie um diálogo com o novo governo de Kiev.

"Vamos nos manter firmes em nosso apoio inquebrantável à Ucrânia", prometeu Obama.

Entre os russos sancionados hoje pelo governo de Obama estão Vladislav Surkov e Sergei Glaziev, assessores do presidente Vladimir Putin, a presidente do Conselho da Federação (Senado), Valentina Matvienko, e o vice-primeiro-ministro Dmktri Rogozin.

Por outro lado, os ucranianos afetados pelas sanções incluem dois líderes separatistas da Crimeia e a Yanukovich, derrubado após três meses de protestos populares.

Enquanto isso, a Rússia propôs aos Estados Unidos e à União Europeia (UE) criar um "grupo de apoio" que, segundo Moscou, deve ajudar os ucranianos a reconhecer "os direitos da Crimeia de autodeterminação conforme aos resultados" do referendo pelo que essa península decidiu ontem se unir à Rússia.

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