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EUA insistem que Irã "pagará um preço" sem precedentes se agir mal

Presidente retirou em maio os EUA do acordo nuclear de 2015 firmado entre o G5+1 - que é formado por França, Reino Unido, China e Rússia, mais Alemanha

Donald Trump: "Ao presidente iraniano Rohani: NUNCA MAIS VOLTE A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS" (/Leah Millis/Reuters)

Donald Trump: "Ao presidente iraniano Rohani: NUNCA MAIS VOLTE A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS" (/Leah Millis/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de julho de 2018 às 15h47.

Washington - A Casa Branca manteve nesta segunda-feira sua linha dura em relação ao Irã depois da ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao insistir que Teerã está correndo o risco de "pagar um preço" sem precedentes se fizer algo "negativo".

"Falei com o presidente durante os últimos dias, e o presidente Trump me disse que se o Irã fizer qualquer coisa negativa, pagará um preço como o que poucos países jamais pagaram", disse o conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, em comunicado.

Bolton reafirmou assim a ameaça feita por Trump na noite de domingo, quando fez uma dura advertência ao presidente iraniano, Hassan Rohani.

"Ao presidente iraniano Rohani: NUNCA MAIS VOLTE A AMEAÇAR OS ESTADOS UNIDOS OU SOFRERÁ CONSEQUÊNCIAS COMO AS QUE POUCOS SOFRERAM ANTES NA HISTÓRIA. JÁ NÃO SOMOS UM PAÍS QUE AGUENTARÁ SUAS PALAVRAS DOENTIAS DE VIOLÊNCIA E MORTE. SEJA CAUTELOSO!", disse Trump em uma mensagem repleta de letras maiúsculas em seu perfil no Twitter.

Essa foi a resposta de Trump a Rohani, que havia exigido horas antes que Washington "não brincasse com fogo", já que um conflito com Teerã seria "a mãe de todas as guerras".

Como resposta ao tweet de Trump, o ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, garantiu hoje que os dirigentes dos Estados Unidos e seus aliados regionais "só entendem a linguagem da força" e que, por isso, "não há outro caminho além de uma ameaça decisiva".

"Não nos daremos por vencidos, mas defenderemos os interesses vitais da República Islâmica e o bem-estar do povo do Irã com toda nossa capacidade", assinalou o ministro da Defesa, citado pela agência oficial "Irna".

Por sua vez, pouco antes que Trump postasse seu tweet, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, tinha feito um discurso concentrado no Irã no qual comparou o sistema de governo iraniano com a máfia e denunciou que Rohani não é um moderado, mas "um lobo em pele de cordeiro".

"O nível de corrupção e riqueza entre os líderes do regime (iraniano) mostra que o Irã está governado por algo que se parece mais com uma máfia do que com um governo", afirmou Pompeo em discurso na Califórnia.

Trump retirou em maio os EUA do acordo nuclear de 2015 firmado entre o G5+1 - que também é formado por França, Reino Unido, China e Rússia, mais Alemanha - e o Irã e voltou a impor sanções a Teerã, que entrarão em vigor em agosto e ameaçam afundar a já prejudicada economia iraniana.

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