Damasco - O Ministério de Relações Exteriores da Síria anunciou nesta terça-feira que os Estados Unidos lhe informaram do início da ofensiva contra as fortificações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na província de Al Raqqah.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial síria "Sana", o ministério afirmou que "a parte americana informou ao enviado permanente da Síria perante a ONU (Bashar al Jaafari) que golpearia o EI em Al Raqqah", sem dar mais detalhes.

Aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA lançaram hoje 50 bombardeios contra alvos do EI em Al Raqqah e na província síria de Deir ez Zor, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Em Al Raqqah, a aviação internacional lançou 20 bombardeios contra bases e postos de controle da organização extremista na cidade de mesmo nome, seu principal bastião no território sírio, e em sua periferia norte e oeste, assim como nas localidades de Tel Abiad, Tabaqa e Ain Aisa.

Enquanto isso, em Deir ez Zor, os aviões internacionais efetuaram 22 ataques contra as bases do EI na cidade de Al Bukamal, fronteiriça com o Iraque, e seus arredores, e lançaram outros oito na periferia leste da cidade de Deir ez Zor.

Fontes oficiais citadas pelos jornais "The Washington Post" e "The New York Times" detalharam que na operação estão envolvidos cinco países árabes: Bahrein, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Com o início dos ataques na Síria já estão em andamento todas as operações da ofensiva contra o EI anunciadas por Obama em um solene discurso à nação no último dia 10 de setembro.

Um dia depois, a Síria advertiu aos EUA que consideraria como uma agressão qualquer intervenção em seu território sem sua permissão.

O EI proclamou em junho um califado no território sírio e o iraquiano, onde domina várias regiões.