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EUA impõem sanções econômicas diretas contra Nicolás Maduro

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, comentou que as eleições de ontem, às quais chamou de "ilegítimas" confirmam que Maduro é um "ditador"

Maduro: "todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados", disse o Tesouro americano (Carlos Garcias Rawlins/Reuters)

Maduro: "todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados", disse o Tesouro americano (Carlos Garcias Rawlins/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 17h33.

São Paulo - O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na tarde desta segunda-feira, em um movimento que ocorre na esteira da eleição de uma Assembleia Constituinte em solo venezuelano, que, de acordo com o governo americano, tem como missão "usurpar o papel constitucional da Assembleia Nacional, que foi democraticamente eleita, ao reescrever a Constituição e impor um regime autoritário à democracia venezuelana".

O governo de Donald Trump afirmou que Maduro prosseguiu com a Assembleia Constituinte, embora venezuelanos e governos democráticos em todo o mundo tivessem se oposto ao processo, que ataca fundamentalmente as liberdades do povo venezuelano.

"Como resultado das ações de hoje, todos os recursos de Nicolás Maduro sujeitos à jurisdição americana estão congelados e os cidadãos americanos estão proibidos de lidar com ele", afirmou o Departamento do Tesouro.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, comentou que as eleições de ontem, às quais chamou de "ilegítimas" confirmam que Maduro é um "ditador que ignora a vontade do povo venezuelano. Ao impor sanções contra Maduro, os EUA deixam clara a oposição às políticas de seu regime e nosso apoio ao povo da Venezuela, que procura que seu país retorne a uma democracia plena e próspera".

Mnuchin disse, ainda, que qualquer um que participar da Assembleia Nacional poderia estar exposto a futuras sanções dos EUA "por seu papel em minar processos democráticos e instituições na Venezuela".

O governo Trump diz, ainda, que o presidente venezuelano e seu governo cometeu abusos generalizados nos direitos humanos e se envolveu na corrupção sistêmica. "Apesar de ter algumas das maiores reservas de petróleo do mundo, dezenas de milhões de venezuelanos estão com fome porque o governo se recusa a importar comida suficiente para a população por estar envolvido em uma corrupção desenfreada em torno da moeda e do regime cambia, além de rejeitar ofertas de ajuda humanitária", aponta.

O governo dos EUA diz, ainda, que continua convidando a administração venezuelana a deter o processo da Assembleia Constituinte e permitir que os processos e instituições democráticas na Venezuela funcionem como deveriam.

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