EUA garantem que Khorasa estava próximo de atacar o Ocidente
Posições do Khorasan foram parte dos alvos da primeira rodada de ataques aéreos realizados na noite de ontem pelos EUA em território sírio
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 19h58.
Washington - O diretor de operações do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o tenente-general William Mayville, garantiu nesta terça-feira que a célula de veteranos da Al Qaeda , o grupo Khorasan, estava "em fase final" para realizar atentados terroristas contra o Ocidente, inclusive os EUA.
Posições do Khorasan foram parte dos alvos da primeira rodada de ataques aéreos realizados na noite de ontem pelos EUA em território sírio, dentro da campanha para conter a ameaça do Estado Islâmico (EI).
"O grupo Khorasan se encontrava em fase final para executar grandes ataques contra alvos ocidentais e, potencialmente, o território americano", afirmou Mayville em entrevista coletiva no Pentágono.
O tenente-general acrescentou que "o grupo terrorista estava perto da fase de execução de um ataque na Europa ou nos EUA", mas evitou divulgar mais detalhes a respeito.
Segundo os analistas de inteligência, a até agora pouco conhecida célula de veteranos da Al Qaeda, conhecida como grupo Khorasan, se aproveitou do conflito civil na Síria para recrutar jihadistas ocidentais, com o objetivo de usar seus passaportes de origem e assim entrar mais facilmente nos países do Ocidente.
Na semana passada, o Pentágono alertou que o grupo "estabeleceu um refúgio seguro na Síria para desenvolver ataques, construir e testar artefatos explosivos caseiros e atrair ocidentais para realizar operações".
O Khorasan é formado principalmente por membros da Al Qaeda com experiência de combate no Paquistão, no Iêmen e no Afeganistão.
Nesse sentido, o assessor adjunto de Segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, explicou aos jornalistas que acompanham o presidente Barack Obama em sua estadia em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU que Washington estava seguindo há algum tempo as pistas desse grupo.
"Acreditamos que o planejamento dos ataques era iminente. Eles tinham planos para cometer ataques fora da Síria. Também acreditamos que o regime sírio não tem capacidade para tomar ações contra essa ameaça", disse Rhodes.
"Por isso, além dos ataques contra o EI, tomamos ações contra o Khorasan", destacou o funcionário americano.