Militares ucranianos carregam um caminhão com mísseis antitanque Javelin fornecidos pelos EUA em 11 de fevereiro de 2022 (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 3 de novembro de 2022 às 16h56.
Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 17h32.
Os Estados Unidos inspecionam regularmente os estoques de equipamentos militares fornecidos à Ucrânia para garantir sua rastreabilidade, declarou o Pentágono nesta quinta-feira, 3.
"Uma pequena equipe composta de membros do Gabinete de Defesa da embaixada dos EUA em Kiev realizou várias inspeções de entregas de assistência de segurança nos últimos meses em vários locais na Ucrânia", explicou o general Pat Ryder, porta-voz do Pentágono.
"Esses locais não estão perto da linha de frente da ofensiva russa contra a Ucrânia", disse em nota, acrescentando que as inspeções não foram realizadas "em reação" a nada.
"Não temos evidências de desvio generalizado" dessa ajuda dos EUA, enfatizou Ryder.
Desde que a invasão russa começou, em 24 de fevereiro, o governo Joe Biden entregou US$ 17,6 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, e Washington diz que quer garantir que esses recursos não sejam mal utilizados.
Esse rastreamento começa com um inventário minucioso de armas fornecidas pelos EUA antes de serem entregues à Ucrânia, detalhou um alto funcionário do Pentágono no início desta semana.
Kiev então rastreia equipamentos dos EUA "dos centros de logística de fronteira até a linha de frente" e também realiza "relatórios de gastos e danos para determinar perdas", disse a fonte.
Os americanos realizam inspeções "quando as condições de segurança permitem" e o Pentágono também está treinando forças ucranianas para registrar e fornecer dados sobre locais onde as equipes da embaixada dos EUA não podem entrar.
"A apreensão de armas ucranianas por forças pró-Rússia, incluindo material doado, tem sido o principal vetor de desvio até agora e pode resultar em novas transferências", alertou o Departamento de Estado em nota na semana passada.
"A Rússia provavelmente também usará essas armas para desenvolver contra-ataques, propaganda ou realizar operações de bandeira falsa", especifica o documento.
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