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EUA fecharão embaixada na Síria, diz jornal

O fechamento e a evacuação de todo os funcionários americanos acontecerão a não ser que o governo de Bashar al Assad decida conceder uma maior proteção à legação

Os relatórios sobre a embaixada coincidiram com outros sobre a possível detenção de um cidadão americano na Síria, declarou hoje a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland (Massoud Hossaini/AFP)

Os relatórios sobre a embaixada coincidiram com outros sobre a possível detenção de um cidadão americano na Síria, declarou hoje a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland (Massoud Hossaini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 20h22.

Washington - Os Estados Unidos se preparam para fechar sua embaixada na Síria antes do final de janeiro, diante da recusa do governo sírio de proporcionar medidas adicionais de segurança para o pessoal diplomático, informou nesta sexta-feira o jornal 'The Washington Post'.

O fechamento e a evacuação de todo os funcionários americanos acontecerão a não ser que o governo de Bashar al Assad decida conceder uma maior proteção à legação, algo que até o momento rejeitou, segundo afirmaram ao jornal fontes de Washington sob condição de anonimato.

O canal de notícias 'CNN', por sua vez, destacou que os EUA não decidiram ainda de forma definitiva fechar a embaixada, mas consideram a opção devido à 'crescente preocupação pela segurança do pessoal americano'.

A decisão sucede à rápida deterioração da segurança na capital síria e uma recente onda de atentados com carros-bomba nos arredores da legação.

Embora os EUA não descartem que o governo sírio possa estar por trás desses ataques, os funcionários citados pelo 'The Washington Post' consideraram que os sinais apontam para militantes sírios e iraquianos vinculados no passado à rede terrorista Al Qaeda.

'A situação de segurança em toda a Síria, que se deteriora a cada dia que Assad se aferra ao poder, demonstra ainda mais que está perdendo o controle do país, e reforça nossa posição que seu regime perdeu toda legitimidade', disse uma das fontes.


Nos últimos meses, os EUA mantiveram sua preocupação pela segurança de seu embaixador em Damasco, Robert Ford, que despertou a animosidade do regime sírio ao viajar ao reduto rebelde de Homs meses depois do início dos protestos.

Ford foi chamado para consultas no último dia 24 de outubro, quando os EUA informaram de 'ameaças críveis contra sua segurança pessoal', após o que Damasco respondeu com a retirada temporária de seu chefe de missão em Washington, Imad Mustafá.

O diplomata americano retornou a Damasco no dia 6 de dezembro para continuar um trabalho que o Departamento de Estado qualificou de 'crucial' em seus esforços para frear a repressão das revoltas populares e conhecer em primeira mão a situação no terreno.

Os relatórios sobre a embaixada coincidiram com outros sobre a possível detenção de um cidadão americano na Síria, Abdelkadar Chaar, a quem Washington solicitou acesso consular sem ainda ter recebido resposta, segundo declarou hoje a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland. 

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