Manifestantes sobem a grade ao redor da embaixada americana para invadí-la, no Iêmen (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 05h55.
Washington - Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira o fechamento de sua embaixada no Iêmen, "até segunda ordem", diante da possibilidade de ataques terroristas devido à instabilidade do país, e pediram aos seus cidadãos que deixem o território o mais rápido possível.
"Diante da deterioração da situação de segurança em Sana (a capital do país), o Departamento de Estado suspendeu as operações de sua embaixada no Iêmen e o pessoal foi realocado fora do país", explicou o Departamento de Estado em um alerta de viagem.
"Todos os serviços consulares, de rotina e de emergência, foram suspensos até segunda ordem. O Departamento pede que os cidadãos americanos evitem viajar ao Iêmen e que os que lá vivem deixem o país", diz a nota.
Uma fonte da embaixada em Sana explicou à Agência Efe que os funcionários de nacionalidade iemenita foram demitidos e que os Estados Unidos estão negociando com a embaixada de um país árabe, que não foi especificado, para que se ocupe da representação americana no Iêmen a partir de agora.
A embaixada dos Estados Unidos suspendeu seus serviços consulares no Iêmen no último dia 26, depois que o presidente do país, Abdo Rabbo Mansour Hadi, renunciou pressionado pelo movimento rebelde xiita dos houthis.
No mês passado, Washington também informou que tinha suspendido certas operações antiterroristas no Iêmen devido à crise política no país.
O movimento dos houthis, que é hostil aos Estados Unidos, ocupou nos últimos meses edifícios governamentais e palácios presidenciais em Sana, ao mesmo tempo em que estendeu seu controle para sete províncias do Iêmen.