EUA farão o que devem para impedir arma nuclear do Irã
A declaração será feita por Barack Obama em seu discurso na Assembleia da ONU
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 12h27.
Washington - O presidente Barack Obama afirmará nesta terça-feira na ONU que os Estados Unidos "farão o que devem" para impedir que o Irã obtenha a arma nuclear, segundo trechos divulgados do discurso.
Obama também pretende falar sobre a violência no Oriente Médio provocada pela divulgação de um vídeo anti-islâmico na internet e que provocou a morte do embaixador americano na Líbia, além de manifestações de protesto em vários países árabes, em um discurso na Assembleia Geral da ONU a apenas seis semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
"Não se enganem: um Irã com armas nucleares não é um desafio que pode ser contido. Isto ameaçaria com a eliminação de Israel, a segurança das nações do Golfo e a estabilidade da economia global", alertará Obama, de acordo com trechos do discurso antecipados pela Casa Branca.
"É por isto que os Estados Unidos farão o que devem para prevenir que o Irã obtenha uma arma nuclear", dirá o presidente americano.
O democrata também pretende defender uma ação internacional para acabar com o conflito na Síria.
Sobre o Oriente Médio, Obama afirmará que "nosso futuro deve ser determinado por pessoas como (o embaixador assassinado na Líbia em 11 de setembro) Chris Stevens, e não por seus assassinos".
"Hoje, devemos declarar que a violência e a intolerância não têm espaço entre as Nações Unidas".
"Não há palavras que desculpem a morte de inocentes. Nenhum vídeo pode justificar o ataque a uma embaixada. Nenhuma calúnia pode servir de desculpa para que pessoas incendeiem um restaurante no Líbano, destruam uma escola na Tunísia ou provoquem morte e destruição no Paquistão".
Ao contrário do que aconteceu nos anos anteriores, Obama, que permanecerá apenas 24 horas em Nova York para acompanhar a Assembleia Geral da ONU, não tem previsto manter reuniões bilaterais com outros chefes de Estado, uma tarefa que atribuiu à secretária de Estado Hillary Clinton.