EUA estão surpresos com comportamento "bizarro" da Venezuela
Crescentes acusações feitas pelo presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, levanta dúvidas sobre se os EUA serão capazes de melhorar os laços com o governo do país
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 15h57.
São Paulo - As crescentes acusações cada vez mais "bizarras" feitas pelo presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, têm levantado dúvidas sobre se os Estados Unidos serão capazes de melhorar os laços com o governo venezuelano se ele ganhar a eleição do mês que vem, disse uma autoridade de alto escalão norte-americana à Reuters nesta quinta-feira.
Maduro tem repetidamente atacado Washington desde que o ex-presidente Hugo Chávez morreu em 5 de março, acusando os Estados Unidos de secretamente causarem o câncer de Chávez e de conspirarem para matar seu rival na eleição presidencial de 14 de abril, Henrique Capriles.
A retórica anti-EUA foi usada com frequência, e muitas vezes de forma eficaz, por Chávez para conseguir apoio interno durante seu governo socialista de 14 anos. Alguns observadores têm considerado as alegações de Maduro uma tática relativamente inofensiva, enquanto ele tenta provar que é herdeiro natural de Chávez antes da eleição.
Mas a gravidade das acusações, além da declaração do chanceler Elías Jaua, na quarta-feira, de que a Venezuela estava suspendendo conversas informais com Washington, levou o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, a pensar se a esperança de reaquecer as relações não estava equivocada, afirmou a autoridade.
"Algumas das recentes alegações são bizarras e inúteis, semelhantes aos esforços do passado para nos atrair para um debate desnecessário", disse a autoridade sob condição de anonimato. "Nós não estamos interessados em nos envolver." "Nós estamos cientes do ambiente eleitoral, mas é o tipo da coisa acima da norma", disse. "(Esse comportamento) coloca em questão se estamos lidando com atores racionais." Algumas pessoas no governo dos Estados Unidos esperavam uma distensão que permitisse uma maior cooperação da Venezuela em relação ao tráfico de drogas, terrorismo, comércio e outras questões importantes.
Empresas norte-americanas, como a Chevron Corp, que têm negócios na Venezuela poderiam ser beneficiadas pelo aquecimento nas relações.
"Nós temos um desejo genuíno de ter uma relação funcional com as autoridades venezuelanas", disse.
A mais recente crise na relação bilateral aconteceu depois que a principal autoridade norte-americana do Departamento de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, disse em entrevista a um jornal que "os venezuelanos merecem eleições abertas, justas e transparentes".
"Com os mais recentes comentários de Jacobson ... nós percebemos que não faz sentido continuar perdendo nosso tempo", disse Jaua durante uma cerimônia nesta semana.
A autoridade dos Estados Unidos afirmou que a administração Obama "vai continuar a promover os direitos humanos e a democracia" na Venezuela, em linha com acordos diplomáticos regionais.
São Paulo - As crescentes acusações cada vez mais "bizarras" feitas pelo presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, têm levantado dúvidas sobre se os Estados Unidos serão capazes de melhorar os laços com o governo venezuelano se ele ganhar a eleição do mês que vem, disse uma autoridade de alto escalão norte-americana à Reuters nesta quinta-feira.
Maduro tem repetidamente atacado Washington desde que o ex-presidente Hugo Chávez morreu em 5 de março, acusando os Estados Unidos de secretamente causarem o câncer de Chávez e de conspirarem para matar seu rival na eleição presidencial de 14 de abril, Henrique Capriles.
A retórica anti-EUA foi usada com frequência, e muitas vezes de forma eficaz, por Chávez para conseguir apoio interno durante seu governo socialista de 14 anos. Alguns observadores têm considerado as alegações de Maduro uma tática relativamente inofensiva, enquanto ele tenta provar que é herdeiro natural de Chávez antes da eleição.
Mas a gravidade das acusações, além da declaração do chanceler Elías Jaua, na quarta-feira, de que a Venezuela estava suspendendo conversas informais com Washington, levou o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, a pensar se a esperança de reaquecer as relações não estava equivocada, afirmou a autoridade.
"Algumas das recentes alegações são bizarras e inúteis, semelhantes aos esforços do passado para nos atrair para um debate desnecessário", disse a autoridade sob condição de anonimato. "Nós não estamos interessados em nos envolver." "Nós estamos cientes do ambiente eleitoral, mas é o tipo da coisa acima da norma", disse. "(Esse comportamento) coloca em questão se estamos lidando com atores racionais." Algumas pessoas no governo dos Estados Unidos esperavam uma distensão que permitisse uma maior cooperação da Venezuela em relação ao tráfico de drogas, terrorismo, comércio e outras questões importantes.
Empresas norte-americanas, como a Chevron Corp, que têm negócios na Venezuela poderiam ser beneficiadas pelo aquecimento nas relações.
"Nós temos um desejo genuíno de ter uma relação funcional com as autoridades venezuelanas", disse.
A mais recente crise na relação bilateral aconteceu depois que a principal autoridade norte-americana do Departamento de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson, disse em entrevista a um jornal que "os venezuelanos merecem eleições abertas, justas e transparentes".
"Com os mais recentes comentários de Jacobson ... nós percebemos que não faz sentido continuar perdendo nosso tempo", disse Jaua durante uma cerimônia nesta semana.
A autoridade dos Estados Unidos afirmou que a administração Obama "vai continuar a promover os direitos humanos e a democracia" na Venezuela, em linha com acordos diplomáticos regionais.