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EUA enviam autor de "Diários de Guantánamo" à Mauritânia

O Pentágono afirmou que examinou o caso de Slahi, sob supervisão americana desde 2001, e determinou que não existe risco de fuga

Guantánamo: Ould Slahi foi detido na Mauritânia em 2001 e transferido à Jordânia sob supervisão da CIA (U.S. Department of Defense / Reuters/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 22h08.

Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a mudança de Mohamedou Ould Slahi para à Mauritânia, depois de mais de 14 anos preso na Base Naval de Guantánamo (Cuba) e autor do livro " Diários de Guantánamo ", autobiografia que se tornou um fenômeno de vendas.

Em comunicado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que o grupo de agências federais que compõem o sistema de revisão de pena de Guantánamo decidiu transferir Slahi à Mauritânia, seu país de origem.

O Pentágono afirmou que examinou o caso de Slahi, sob supervisão americana desde 2001, e determinou que não existe risco de fuga ou de ele voltara a participar de grupos radicais islamitas.

Slahi, que lutou com a Al Qaeda contra a ocupação soviética no Afeganistão no início dos anos 90, largou o extremismo e deixou a organização em 1992.

Mesmo assim foi detido na Mauritânia em 2001 e transferido à Jordânia sob supervisão da Agência Central de Inteligência (CIA), até sua entrada na Penitenciária de Guantánamo em 2002.

Ele tinha vários familiares ocupando importantes cargos na Al Qaeda e que planejavam ataques na virada do ano na Jordânia e no Aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Sob custódia americana, Slahi foi submetido a duras técnicas de interrogatório, consideradas torturantes, como a privação de sono, hipotermia, sequestros e execuções fictícias e ameaças de morte e de abuso sexual a sua mãe, apesar de nunca ter sido acusado de qualquer crime.

Slahi conseguiu publicar em 2015 suas experiências no livro "Diários de Guantánamo" (464 páginas, Companhia das Letras), considerado a única memória da vida dentro do presídio e narrada por um detento.

Com a saída de Slahi, ficam 60 presos na penitenciária da base naval americana em território cubano.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acelerou neste ano a transferência de presos com o objetivo de cumprir sua promessa de fechar a prisão de Guantánamo antes de deixar a Casa Branca, em janeiro do ano que vem.

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Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira a mudança de Mohamedou Ould Slahi para à Mauritânia, depois de mais de 14 anos preso na Base Naval de Guantánamo (Cuba) e autor do livro " Diários de Guantánamo ", autobiografia que se tornou um fenômeno de vendas.

Em comunicado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou que o grupo de agências federais que compõem o sistema de revisão de pena de Guantánamo decidiu transferir Slahi à Mauritânia, seu país de origem.

O Pentágono afirmou que examinou o caso de Slahi, sob supervisão americana desde 2001, e determinou que não existe risco de fuga ou de ele voltara a participar de grupos radicais islamitas.

Slahi, que lutou com a Al Qaeda contra a ocupação soviética no Afeganistão no início dos anos 90, largou o extremismo e deixou a organização em 1992.

Mesmo assim foi detido na Mauritânia em 2001 e transferido à Jordânia sob supervisão da Agência Central de Inteligência (CIA), até sua entrada na Penitenciária de Guantánamo em 2002.

Ele tinha vários familiares ocupando importantes cargos na Al Qaeda e que planejavam ataques na virada do ano na Jordânia e no Aeroporto de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Sob custódia americana, Slahi foi submetido a duras técnicas de interrogatório, consideradas torturantes, como a privação de sono, hipotermia, sequestros e execuções fictícias e ameaças de morte e de abuso sexual a sua mãe, apesar de nunca ter sido acusado de qualquer crime.

Slahi conseguiu publicar em 2015 suas experiências no livro "Diários de Guantánamo" (464 páginas, Companhia das Letras), considerado a única memória da vida dentro do presídio e narrada por um detento.

Com a saída de Slahi, ficam 60 presos na penitenciária da base naval americana em território cubano.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acelerou neste ano a transferência de presos com o objetivo de cumprir sua promessa de fechar a prisão de Guantánamo antes de deixar a Casa Branca, em janeiro do ano que vem.

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