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EUA e dez países árabes definem estratégia de luta contra EI

Estratégia inclui também de segurança, políticas, econômicas, de inteligência e de luta contra as ideologias extremistas


	John Kerry: "quando um país sofre uma invasão e pede ajuda, nós temos todo o direito de responder a esta chamada"
 (Chip Somodevilla/AFP)

John Kerry: "quando um país sofre uma invasão e pede ajuda, nós temos todo o direito de responder a esta chamada" (Chip Somodevilla/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 15h42.

Riad - Os Estados Unidos e os dez países árabes participantes da cúpula de Jidá, que tem como objetivo coordenar a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), chegaram nesta quinta-feira a um acordo para estabelecer uma estratégia global para enfrentar o terrorismo não só no Iraque e Síria, mas em todos os lugares onde ele estiver presente.

Em entrevista coletiva concedida ao lado do secretário de Estado americano, John Kerry, o ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Saud al-Faisal, afirmou que a estratégia não só inclui soluções militares, mas também de segurança, políticas, econômicas, de inteligência e de luta contra as ideologias extremistas.

O documento final foi assinado por Kerry e os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito, Iraque e o Líbano.

O ministro turco, Mevlut Çavusoglu não rubricou o acordo mas esteve presente nas conversas.

Segundo o jornal saudita "Al Iqtisadiya", a Turquia teme que o EI execute os 49 diplomatas de seu país e suas famílias, mantidos como reféns pelos jihadistas na cidade iraquiana de Mossul desde junho passado.

Kerry afirmou que em breve se reunirá com outros líderes e chefes de Estado com o objetivo de ampliar a coalizão.

Além disso, defendeu a legitimidade da operação, já que "foi o governo iraquiano que pediu a ajuda dos EUA e de seus vizinhos".

"De acordo com o direito internacional, quando um país sofre uma invasão e pede ajuda, nós temos todo o direito de responder a esta chamada", acrescentou.

Além disso, Kerry ressaltou que os EUA não empreenderão uma intervenção terrestre e que a estratégia se baseia em um apoio ao exército iraquiano e à oposição síria para que enfrentem o Estado Islâmico.

"É necessário melhorar o treinamento destas duas partes, e isso será suficiente para cumprir a missão", justificou.

O secretário de Estado disse que "o que o EI está fazendo não tem nada a ver com o islã e suas práticas são uma tentativa de prejudicar a esta religião".

Por sua parte, Al-Faiçal acrescentou que durante a cúpula de hoje foram estabelecidos os planos, as políticas e a distribuição das responsabilidades da estratégia.

O chanceler alertou também sobre o risco que pode representar ignorar o EI, o que poderia "causar sua propagação nos Estados Unidos e na Europa nos próximos meses".

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