Mundo

EUA diz que Rússia pode criar pretexto para atacar Ucrânia

A Rússia tem mais de 100.000 soldados concentrados perto da Ucrânia; EUA tem dito repetidamente que uma invasão é iminente

Membros das Forças Armadas da Rússia e de Belarus realizam exercícios militares na região bielorrussa de Grodno 12/02/2022  (Leonid Scheglov/BelTA/Divulgação/Reuters)

Membros das Forças Armadas da Rússia e de Belarus realizam exercícios militares na região bielorrussa de Grodno 12/02/2022 (Leonid Scheglov/BelTA/Divulgação/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2022 às 08h53.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2022 às 08h57.

A Rússia pode invadir a Ucrânia a qualquer momento e pode criar um pretexto surpresa para um ataque, disseram os Estados Unidos no domingo, ao reafirmarem a promessa de defender "cada centímetro" do território da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A Rússia tem mais de 100.000 soldados concentrados perto da Ucrânia, que não faz parte da aliança militar ocidental, e Washington tem dito repetidamente que uma invasão é iminente --ao mesmo tempo em que mantém abertos os canais diplomáticos que até agora não conseguiram aliviar a crise.

Moscou nega tais planos e acusou o Ocidente de "histeria".

O chanceler alemão, Olaf Scholz, antes de uma viagem que o levará a Kiev na segunda-feira e Moscou na terça para conversas com o presidente Vladimir Putin, pediu que a Rússia diminua a escalada e alertou sobre sanções se Moscou invadir.

Como a política internacional impacta seu bolso e como sair ganhando? Descubra com um curso exclusivo da EXAME.

Uma autoridade alemã disse que Berlim não espera "resultados concretos", mas que a diplomacia é importante.

Em Washington, o conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, disse que uma invasão pode começar "a qualquer momento".

"Não podemos prever perfeitamente o dia, mas já estamos dizendo há algum tempo que estamos na janela", afirmou Sullivan à CNN.

Autoridades dos EUA disseram que não podiam confirmar relatos de que a inteligência dos EUA indicava que a Rússia planejava invadir na quarta-feira.

Sullivan disse que Washington continuará compartilhando o que descobrir com o mundo para negar a Moscou a chance de realizar uma operação surpresa de "bandeira falsa" que poderia ser um pretexto para um ataque.

Os EUA também "defenderão cada centímetro do território da Otan... e a Rússia, acreditamos, entende totalmente essa mensagem", acrescentou Sullivan em uma entrevista separada à CBS.

Biden conversou com seu colega ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, no domingo e eles concordaram com a importância de continuar buscando diplomacia e dissuasão em resposta ao aumento militar da Rússia, disse a Casa Branca após a ligação.

Consequências econômicas

Os ministros das Finanças do G7, grupo de grandes economias ocidentais, alertaram a Rússia nesta segunda-feira sobre consequências econômicas "enormes" se o país decidir invadir a Ucrânia, a cuja economia também prometeram apoio rápido e decisivo.

"O aumento contínuo das forças armadas russas nas fronteiras com a Ucrânia é motivo de grande preocupação. Nós, os ministros das Finanças do G7, destacamos nossa prontidão para agir rápida e decisivamente para apoiar a economia ucraniana", escreveram em comunicado conjunto.

"Qualquer agressão militar adicional da Rússia contra a Ucrânia será recebida com uma resposta rápida, coordenada e vigorosa", acrescentaram.

"Estamos preparados para impor coletivamente sanções econômicas e financeiras que terão consequências enormes e imediatas na economia russa".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)RússiaUcrânia

Mais de Mundo

Inflação na Argentina sobe 2,7% em outubro; a menor desde 2021

Israel ordena a evacuação de 14 cidades no sul do Líbano antes de atacá-las

Trump ganhou 1 milhão de votos entre 2020 e 2024; democratas perderam 9,4 milhões

Vendas de robôs aspiradores disparam com subsídio e promoção Double 11