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EUA discute sobre necessidade de armar guardas de escolas

''Há divergências, existem pessoas que não gostariam de ter alguém armado nas escolas, mas também é verdade que isto poderia tranquilizar as coisas agora''


	Massacre nos EUA: escolas de um dos distritos da Pensilvânia receberam neste fim de semana a permissão judicial para que seus seguranças portassem armas a partir de hoje
 (Getty Images)

Massacre nos EUA: escolas de um dos distritos da Pensilvânia receberam neste fim de semana a permissão judicial para que seus seguranças portassem armas a partir de hoje (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 19h35.

Newtown - Com as escolas de Newtown, em Connecticut, ainda fechadas após o massacre que matou 20 crianças, os moradores desta e de outras cidades dos Estados Unidos tem opiniões divergentes sobre permitir que os seguranças das instituições de ensino portem armas.

''Há divergências, existem pessoas que não gostariam de ter alguém armado nas escolas, mas também é verdade que isto poderia tranquilizar as coisas agora'', disse nesta segunda-feira à Agência Efe Jamie Dunkin, de 16 anos, estudante da escola secundária em Newtown onde foi realizada no domingo uma vigília que contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Devido ao massacre, as escolas de um dos distritos da Pensilvânia receberam neste fim de semana a permissão judicial para que seus seguranças portassem armas a partir de hoje, como tinha sido solicitado no início do mês, antes da tragédia em Newtown.

Dunkin reconheceu que amanhã sentirá ''medo'' quando tiver que retornar às aulas, ''porque tudo é possível, pode haver imitadores e vimos outros colégios fechando em função de casos parecidos''.

Duas escolas da cidade de Ridgefield, também em Connecticut, foram fechadas hoje quando moradores alertaram a polícia sobre a presença de um homem que parecia carregar uma espingarda no ombro andando pela região. Ficou comprovado depois que se tratava de um falso alarme.

''Não importa se é uma escola primária, secundária ou uma universidade, os guardas deveriam estar sempre armados porque nunca se sabe o que pode ocorrer'', disse à Efe Vicky Alevreas, uma mãe de 34 anos que viajou do bairro de Nova York para Newtown para oferecer seu apoio às vítimas do massacre.

Acompanhada por suas três filhas, Vicky levou vinte velas até a pequena cidade, uma para cada criança que morreu no massacre. A nova-iorquina contou que sua filha maior tem aulas em um centro de ensino que conta com três guardas armados e isso gera tranquilidade. Apesar disso, Vicky é a favor de uma mudança na lei sobre porte de armas nos EUA.

''Deveriam ser colocados detectores nas escolas e todas as pessoas deveriam ser revistadas, mas não armar os seguranças. Estou com medo'', disse uma moradora de Newtown, Judy Pérez, de 27 anos.

Os colégios da cidade reabrirão amanhã, embora a escola Sandy Hook, onde ocorreu o massacre, permanecerá fechada e seus estudantes serão transferidos em breve para outra instituição.

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