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EUA derrubam proibição para doações de sangue por gays

O governo dos EUA derrubou proibição de 30 anos para doações de sangue por homens gays


	Doação de sangue: medida alinha os EUA a outros países como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia
 (Noah Seelam/AFP)

Doação de sangue: medida alinha os EUA a outros países como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia (Noah Seelam/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 21h29.

Washington - O governo dos Estados Unidos derrubou nesta segunda-feira a proibição de 30 anos para doações de sangue por homens gays, dizendo que eles agora podem doar 12 meses depois do seu último contato sexual com outro homem.

A agência para alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) afirmou que sua decisão de reverter a política teve como base um exame dos últimos dados científicos que mostram que uma proibição indefinida não é necessária para prevenir a transmissão do HIV, o vírus que causa a Aids.

"No fim das contas, a janela de 12 meses de espera é apoiada pela melhor evidência científica disponível, neste momento, de relevância para a população dos Estados Unidos", declarou o vice-diretor da divisão biológica da FDA, Peter Marks, em comunicado.

A medida alinha os EUA a outros países como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia, que também têm períodos de espera de 12 meses. Defensores dos direitos gays afirmaram que a nova política continua discriminatória.

"É ridículo e contrário à saúde pública que um homem gay casado numa relação monogâmica não possa doar sangue, mas que um homem heterossexual promíscuo, com centenas de parceiras sexuais no último ano, possa", declarou o parlamentar democrata Jared Polis.

A FDA afirmou que tem trabalhado com outras agências do governo, considerado a contribuição de organismos externos e "cuidadosamente examinado as evidências científicas mais recentes disponíveis para sustentar a revisão da política".

A agência declarou que suas políticas têm ajudado a reduzir a transmissão de HIV por transfusão de sangue de 1 em cada 1.200 para 1 em cada 1,47 milhão.

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