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EUA denunciam 'horrendos abusos' aos muçulmanos uigures na China

O secretário de Estado americano afirmou que os uigures são mantidos em acampamentos de reeducação, onde são forçados a um doutrinamento político

Uigures: Suas crenças religiosas são aniquiladas, disse Pompeo (Kevin Frayer/Getty Images)

Uigures: Suas crenças religiosas são aniquiladas, disse Pompeo (Kevin Frayer/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de setembro de 2018 às 17h00.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, denunciou nesta sexta-feira os "horrendos abusos" sofridos pelos muçulmanos uigures detidos em acampamentos na China.

"Centenas de milhares, possivelmente milhões de uigures são detidos contra a sua vontade nos chamados acampamentos de reeducação, onde são forçados a suportar um severo doutrinamento político e outros abusos horrendos", disse Pompeo em um discurso sobre a liberdade religiosa no mundo.

"Suas crenças religiosas são aniquiladas", lamentou o secretário de Estado.

Na semana passada, a Alto Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, denunciou a situação desta minoria étnica turcófona e muçulmana.

A China nega as denúncias de que um milhão de membros da minoria muçulmana uigur tenham sido internados em campos de concentração na província ocidental de Xinjiang.

O governo chinês justifica a repressão em Xinjiang, uma zona fronteiriça com o Afeganistão e o Paquistão, pela necessidade de lutar contra o "terrorismo" islamita e contra o separatismo de uma parte dos membros da comunidade uigur.

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