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EUA deixam Cuba de fora da categoria "não viajar" em alertas

Uma funcionária do alto escalão do governo americano explicou que "a avaliação da situação em Cuba não mudou"

Cuba e EUA: no último alerta, o governo americano pedia que seus cidadãos não viajassem a Cuba (Enrique De La Osa/Reuters)

Cuba e EUA: no último alerta, o governo americano pedia que seus cidadãos não viajassem a Cuba (Enrique De La Osa/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de janeiro de 2018 às 17h37.

Washington - Os Estados Unidos deixaram Cuba de fora da categoria "não viajar" no novo sistema de alertas que foi divulgado nesta quarta-feira pelo Departamento de Estado, que não inclui nenhum país americano e europeu nessa classificação.

Não obstante, uma funcionária do alto escalão do governo americano explicou que "a avaliação da situação em Cuba não mudou".

No último alerta sobre o país caribenho emitido pelo Departamento de Estado em 29 de setembro, com o sistema antigo, o governo americano pedia que seus cidadãos não viajassem a Cuba por causa dos supostos ataques sofridos na ilha por 24 funcionários da embaixada e familiares entre novembro de 2016 e agosto de 2017, agressões das quais os EUA ainda não encontraram uma causa, nem o culpado.

Ao ser perguntada a respeito, a funcionária do governo explicou que, quando todo o pessoal não essencial de uma embaixada é retirado, como aconteceu com Cuba em setembro devido aos ataques, o país em questão é incluído diretamente nas categorias 3 ou 4 do novo sistema (as de "reconsiderar a viagem" e "não viajar", respectivamente).

No entanto, e apesar das muitas perguntas a respeito, a funcionária não explicou porque Cuba foi incluída na categoria 3, e não na 4, quando o seu último alerta de viagem, precisamente emitido por essa crise, pedia que os americanos não viajassem à ilha.

O que ela mencionou, mas sem se aprofundar, é que a categoria 4 inclui os países onde existe "alta probabilidade de risco para a vida".

Nessa categoria, os Estados Unidos incluem 11 nações: Coreia do Norte, Afeganistão, Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Somália, Sudão do Sul, República Centro-Africana, Líbia e Mali.

Não obstante, a funcionária do Departamento de Estado explicou que os Estados Unidos não podem proibir seus cidadãos de viajarem para qualquer país do mundo, apenas fazer recomendações.

A única exceção é a Coreia do Norte: se um cidadão americano quiser viajar para esse país, deve pedir antes uma autorização para usar seu passaporte ou, se não consegui-la, utilizar, se tiver, um documento de outro país.

Para as nações da categoria 3, a de "reconsiderar a viagem", os Estados Unidos recomendam a seus cidadãos que "evitem viajar devido aos sérios riscos para a segurança".

Nesse grupo há seis países latino-americanos: Cuba, Venezuela, Haiti, Honduras, Guatemala e El Salvador.

Em relação à Venezuela, ainda existe uma advertência extra: "há áreas com riscos de segurança ainda mais altos".

Já no nível 2, "o de exercer maior precaução", os países americanos são: Brasil, México, Colômbia, Belize, Nicarágua, República Dominicana, Jamaica, Bahamas e Guiana.

Da União Europeia, estão nesse grupo países como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica, devido à possibilidade de "ataques terroristas".

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