Coreia do Norte: o Pentágono continua investigando a ação para dar uma análise mais detalhada do teste (KCNA/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de julho de 2017 às 15h39.
Última atualização em 4 de julho de 2017 às 16h51.
Washington - Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira que o míssil lançado ontem pela Coreia do Norte era mesmo um míssil balístico intercontinental, informaram fontes do Comando do Pacífico das Forças Armadas americanas à rede "Fox News".
O novo míssil voou por mais tempo do que qualquer outro de teste norte-coreano feito até hoje, totalizando 37 minutos, o que significa que o regime de Kim Jong teria capacidade de atingir o Alasca. Esta é a primeira vez que o governo em Pyongyang consegue lançar um míssil com essas características. O Pentágono continua investigando a ação para dar uma análise mais detalhada do teste, o 11º deste ano.
Segundo a imprensa americana, membros do governo de Donald Trump convocaram uma reunião hoje para abordar o assunto, ainda que o governante esteja descansando no seu clube de golfe na Virgínia por ocasião do feriado de 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos.
"A Coreia do Norte acaba de lançar outro míssil. Esse cara não tem nada melhor para fazer da vida? Difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão aguentar isso por muito mais tempo. Talvez a China faça um movimento pesado na Coreia do Norte e acabe com esse absurdo de uma vez por todas!", escreveu Trump no Twitter, pouco depois de saber da notícia.
O Exército norte-coreano disparou o projétil por volta das 9h40 (horário local, 21h40 de segunda-feira em Brasília), da base aérea de Panghyon, na província de Pyongan do Norte, segundo anteciparam as autoridades de Seul e Tóquio.
Horas depois, em um anúncio lido na rede "KCTV" pela âncora encarregada de dar as notícias mais importantes para o regime, Ri Chun-hee, foi informado que se trata de um míssil balístico intercontinental, conhecido como ICBM, batizado Hwasong-14 que alcançou uma altura de 2.802 quilômetros e percorreu 933 quilômetros em 39 minutos.
"A República Popular Democrática da Coreia (nome oficial do país) se transformou em um imponente poder nuclear com o mais poderoso dos ICBM capaz de atingir qualquer parte do mundo", disse a apresentadora.
O teste representaria um grande avanço para o programa armamentista norte-coreano que, como lembrou no começo do ano o líder Kim Jong-un, pretende desenvolver mísseis ICBM (projéteis que podem percorrer mais de 5.500 quilômetros) capazes de se equiparar a bombas nucleares e alcançar o território americano.