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EUA cogitam impor sanções contra Síria

Governo americano confirmou que pode tomar a medida para impedir a violência contra a população civil

EUA confirmaram já conversarem com a ONU sobre sanções na Síria (AFP)

EUA confirmaram já conversarem com a ONU sobre sanções na Síria (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 17h31.

Washington - O Executivo americano admitiu nesta segunda-feira, pela primeira vez, que estuda a possibilidade de impor sanções contra o Governo da Síria, em resposta à sangrenta repressão dos protestos políticos neste país.

Em comunicado, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, Tommy Vietor, qualifica de "completamente deplorável" a violência do regime de Damasco contra seu próprio povo. "Condenamos nos termos mais enérgicos", destaca.

Os Estados Unidos, acrescenta a nota, cogitam "uma gama de possíveis opções, entre elas a imposição de sanções com objetivos muito específicos, para responder à violência e deixar claro que este comportamento é inaceitável".

Já o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou em sua entrevista coletiva diária que as eventuais sanções teriam como objetivo "esclarecer ao Governo sírio" que os EUA consideram que Damasco "deve abandonar a violência que tem cometido contra seus cidadãos".

Ele indicou que os Estados Unidos se mantêm em contato com seus aliados e com a ONU sobre as opções estudadas.

Washington já impõe um grande número de sanções contra o regime sírio, ao qual considera um patrocinador do terrorismo.

As sanções em questão afetariam diretamente os dirigentes do regime, começando pelo próprio presidente, Bashar al-Assad, e sua família, de modo similar às sanções adotadas contra o regime de Muammar Kadafi na Líbia após o início da violenta repressão contra os protestos neste país em fevereiro.

Carney, no entanto, evitou fazer comparações entre os acontecimentos na Líbia e na Síria. "Cada país é diferente", exclamou.

Seguindo a linha diplomática estabelecida até agora diante dos protestos na Síria - e ao contrário de como foi na Líbia -, o Governo americano preferiu não reivindicar a saída do presidente. "Cabe ao povo sírio decidir quem deve ser seu líder", declarou o porta-voz.

Até o momento, mais de 300 pessoas morreram na repressão das manifestações que pedem a transição democrática na Síria, onde a família Al-Assad governa há mais de 40 anos.

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