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EUA cobra liberdade de Alan Gross no aniversário de prisão

País cobrou a libertação "imediata e incondicionalmente" do contratista americano na véspera do quarto aniversário de sua detenção


	Cuba: EUA consideraram "gravemente decepcionante" que prisão tenha se prolongado tanto
 (REUTERS/Enrique De La Osa)

Cuba: EUA consideraram "gravemente decepcionante" que prisão tenha se prolongado tanto (REUTERS/Enrique De La Osa)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 21h20.

Washington - Os Estados Unidos cobraram de novo de Cuba nesta segunda-feira a libertação "imediata e incondicionalmente" do contratista americano Alan Gross na véspera do quarto aniversário de sua detenção e consideraram "gravemente decepcionante" que sua prisão tenha se prolongado tanto.

"Amanhã, o trabalhador humanitário Alan Gross começará o quinto ano de uma injusta prisão em Cuba", disse o Departamento de Estado em comunicado.

Gross, de 64 anos, foi detido e preso em 3 de dezembro de 2009 e em 2011 condenado a 15 anos de prisão pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado".

O governo americano nega essa acusação e mantém que Gross simplesmente proporcionava acesso "sem censura" à internet para "uma pequena comunidade religiosa" judaica na ilha.

"É gravemente decepcionante, especialmente levando em conta seu declarado objetivo de proporcionar acesso a internet aos cubanos, que o governo de Cuba não tenha permitido que Gross possa voltar para estar junto de sua família, aonde pertence", assinalou o comunicado.

"Reiteramos nosso pedido ao governo cubano, e nos fazem eco de muitos líderes estrangeiros e inclusive de aliados de Cuba, para libertar imediata e incondicionalmente Alan Gross", acrescentou.

A condenação de Gross, que Washington considera injusta, e os desacordos quanto ao destino dos "Cinco" cubanos, dos quais quatro cumprem pena por espionagem na Flórida, esfriaram nos últimos anos o diálogo entre Washington e Havana.

Os Estados Unidos pediram reiteradamente a libertação de Gross inclusive durante a tênue aproximação bilateral dos dois países em meados deste ano, quando mantiveram um diálogo sobre migração e outro sobre a possibilidade de retomar o correio postal direto.

Cuba, por sua vez, defende que o processo de Gross foi justo e disse estar disposta a negociar com os EUA para resolver o assunto, que se transformou no principal obstáculo para o avanço da política de abertura iniciada pelo presidente americano, Barack Obama, desde sua chegada ao poder.

Gross é "um marido, pai e profissional dedicado com um longo histórico de proporcionar ajuda a comunidades desprovidas dos serviços necessários em mais de 50 países", insistiu hoje o Departamento de Estado. EFE

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