O rei saudita afirmou que o reino tem 2 milhões de barris por dia em capacidade ociosa (Getty Images/Getty Images)
Reuters
Publicado em 2 de julho de 2018 às 19h10.
Washington - Os Estados Unidos pretendem reduzir a receita do Irã com petróleo a zero, em um esforço para forçar a liderança dos iranianos a mudar seu comportamento na região, e os norte-americanos acreditam que há capacidade ociosa suficiente na indústria global de petróleo para suportar uma menor oferta do Irã, disse um assessor político do Departamento de Estado dos EUA nesta segunda-feira (02).
O diretor de planejamento político do Departamento de Estado, Brian Hook, disse em uma coletiva de imprensa que o objetivo dos EUA é que o maior número possível de países reduzam a zero suas importações de petróleo do Irã.
Os EUA podem trabalhar com aliados caso a caso, mas Washington não pretende oferecer exceções em relação às sanções, adicionou Hook.
"Nosso objetivo é aumentar a pressão sobre o regime iraniano reduzindo a zero sua receita com as vendas de petróleo", disse Hook. "Nós estamos trabalhando para minimizar os impactos ao mercado global, mas estamos confiantes de que há capacidade ociosa global suficiente".
O rei saudita prometeu no final de semana ao presidente dos EUA, Donald Trump, que o país irá elevar sua produção se necessário e que o reino tem 2 milhões de barris por dia em capacidade ociosa para aumentar a produção, de acordo com a Casa Branca.
A administração Trump está pressionando países a cortarem todas as importações de petróleo iraniano a partir de novembro, quando os EUA vão reimpor sanções contra Teerã, após Trump retirar os norte-americanos de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências globais, mesmo contra a vontade de seus aliados europeus e em outras regiões.
Autoridades dos EUA estão pressionando aliados na Europa, Ásia e Oriente Médio a aderir às sanções uma vez que elas estejam reimpostas, para pressionar o Irã a negociar um novo acordo.
Hook disse que pretende se reunir no final da semana com aliados europeus, como Grã-Bretenha, França e Alemanha, para discussões sobre o Irã.