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EUA apresentam à China sanções mais duras contra Coreia do Norte

Uma autoridade de alto escalão do governo do presidente dos EUA confirmou que existe uma movimentação para negociar uma nova resolução da ONU

Kim Jong Un: os EUA estão determinados a intensificar sanções globais para pressionar a Coreia do Norte a desistir de um programa de armas nucleares (KCNA/Reuters)

Kim Jong Un: os EUA estão determinados a intensificar sanções globais para pressionar a Coreia do Norte a desistir de um programa de armas nucleares (KCNA/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 09h04.

Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 15h49.

Washington - Os Estados Unidos apresentaram à China um esboço de resolução propondo sanções mais duras da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a Coreia do Norte, e esperam uma votação rápida da proposta no Conselho de Segurança da ONU, disse um diplomata ocidental na terça-feira.

Uma autoridade de alto escalão do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou que existe uma movimentação para negociar uma nova resolução da ONU, mas acrescentou que ainda não houve acordo.

"Estamos tentando conseguir outra", disse o funcionário, que não quis ser identificado. "Ainda não chegaram lá".

Detalhes do esboço entregue aos chineses na semana passada ainda não estavam disponíveis de imediato, mas os EUA estão determinados a intensificar sanções globais para pressionar a Coreia do Norte a desistir de um programa de armas cuja meta é desenvolver um míssil com ogiva nuclear capaz de atingir os EUA.

Entre as medidas almejadas por Washington está um endurecimento das restrições ao suprimento de petróleo refinado para Pyongyang, que já tem um teto de 2 milhões de barris anuais determinado por sanções anteriores da ONU.

A China, que fornece a maior parte do petróleo norte-coreano, apoiou rodadas sucessivas de sanções, mas vem resistindo a pedidos dos EUA para cortar o suprimento para sua aliada.

Sua embaixada em Washington e o Ministério das Relações Exteriores em Pequim não responderam de imediato a um pedido de comentário.

Qualquer medida para conter as exportações de combustível chinês para a Coreia do Norte pode ter um impacto limitado, já que a estatal China National Petroleum Corp suspendeu as vendas de diesel e gasolina à sua vizinha do norte em junho devido ao receio de não ser paga.

Os negócios diminuíram continuamente desde então, e em outubro não houve remessas de diesel, gasolina e outros combustíveis. Os dados de novembro serão divulgados na segunda-feira.

Os EUA também pediram que o Conselho de Segurança da ONU coloque 10 navios em uma lista negra por terem driblado sanções contra Pyongyang, como mostraram documentos vistos pela Reuters na terça-feira.

Os documentos dizem que embarcações vinham realizando transferências de produtos de petróleo refinado para embarcações norte-coreanas ou transportando carvão da Coreia do Norte, uma violação de sanções da ONU em vigor.

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