EUA ameaçam rever ajuda com governo palestino com Hamas
Hamas, que é apontado pelos EUA como um grupo terrorista, e a OLP, que controla a Cisjordânia e tem apoio ocidental, anunciaram um pacto de unidade
Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2014 às 09h25.
Washington - Os Estados Unidos teriam de reconsiderar sua assistência aos palestinos caso o grupo islâmico Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) formem um governo conjunto, disse um alto funcionário do governo norte-americano nesta quinta-feira.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é apontado pelos EUA como um grupo terrorista, e a OLP, que controla a Cisjordânia e tem apoio ocidental, anunciaram um pacto de unidade na quarta-feira, complicando ainda mais as negociações de paz com Israel, mediadas por Washington.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que havia alertado o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a não se reconciliar com o Hamas, reuniu seu gabinete de segurança para discutir as próximas ações do Estado judeu. Uma reunião entre israelenses e palestinos, que havia sido marcada para quarta-feira, já foi cancelada.
"Qualquer governo palestino deve inequívoca e explicitamente se comprometer com a não violência, o reconhecimento do Estado de Israel e a aceitação de acordos de paz e obrigações anteriores entre as partes", disse a fonte oficial dos EUA, citando termos que o Hamas tradicionalmente rejeita.
"Se um novo governo palestino for formado, vamos avaliá-lo com base na sua adesão às estipulações acima, suas políticas e ações, e vamos determinar quaisquer implicações para nossa assistência com base na lei dos EUA", disse a fonte, falando à Reuters sob anonimato.
As duas facções palestinas estavam rompidas havia sete anos, quando travaram uma curta guerra civil pelo controle de Gaza. Nesse período, houve diversas tentativas frustradas de conciliação, culminando com o acordo da quarta-feira, que prevê a formação de um governo de unidade nacional nas próximas cinco semanas e a realização de eleições nacionais seis meses depois.
Do ponto de vista dos EUA, manter a ajuda a um governo palestino que inclua o Hamas significaria prestar assistência a um grupo qualificado como terrorista.
Questionado sobre o risco de perda de ajuda financeira, o subsecretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabo, disse a uma rádio palestina que os EUA estão se precipitando em penalizar um governo que nem sequer foi formado ainda.
"O que aconteceu em Gaza nos últimos dois dias é apenas um primeiro passo, que saudamos e queremos reforçar. Mas esse passo não deve ser exagerado, o fato de um acordo de reconciliação ter sido completamente alcançado... Precisamos observar o comportamento do Hamas em muitos detalhes durante os próximos dias e semanas, a respeito da formação do governo e outras coisas."
Washington - Os Estados Unidos teriam de reconsiderar sua assistência aos palestinos caso o grupo islâmico Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) formem um governo conjunto, disse um alto funcionário do governo norte-americano nesta quinta-feira.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza e é apontado pelos EUA como um grupo terrorista, e a OLP, que controla a Cisjordânia e tem apoio ocidental, anunciaram um pacto de unidade na quarta-feira, complicando ainda mais as negociações de paz com Israel, mediadas por Washington.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que havia alertado o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a não se reconciliar com o Hamas, reuniu seu gabinete de segurança para discutir as próximas ações do Estado judeu. Uma reunião entre israelenses e palestinos, que havia sido marcada para quarta-feira, já foi cancelada.
"Qualquer governo palestino deve inequívoca e explicitamente se comprometer com a não violência, o reconhecimento do Estado de Israel e a aceitação de acordos de paz e obrigações anteriores entre as partes", disse a fonte oficial dos EUA, citando termos que o Hamas tradicionalmente rejeita.
"Se um novo governo palestino for formado, vamos avaliá-lo com base na sua adesão às estipulações acima, suas políticas e ações, e vamos determinar quaisquer implicações para nossa assistência com base na lei dos EUA", disse a fonte, falando à Reuters sob anonimato.
As duas facções palestinas estavam rompidas havia sete anos, quando travaram uma curta guerra civil pelo controle de Gaza. Nesse período, houve diversas tentativas frustradas de conciliação, culminando com o acordo da quarta-feira, que prevê a formação de um governo de unidade nacional nas próximas cinco semanas e a realização de eleições nacionais seis meses depois.
Do ponto de vista dos EUA, manter a ajuda a um governo palestino que inclua o Hamas significaria prestar assistência a um grupo qualificado como terrorista.
Questionado sobre o risco de perda de ajuda financeira, o subsecretário-geral da OLP, Yasser Abed Rabo, disse a uma rádio palestina que os EUA estão se precipitando em penalizar um governo que nem sequer foi formado ainda.
"O que aconteceu em Gaza nos últimos dois dias é apenas um primeiro passo, que saudamos e queremos reforçar. Mas esse passo não deve ser exagerado, o fato de um acordo de reconciliação ter sido completamente alcançado... Precisamos observar o comportamento do Hamas em muitos detalhes durante os próximos dias e semanas, a respeito da formação do governo e outras coisas."