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EUA ameaçam encerrar trabalho com Rússia na Síria

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, transmitiu a mensagem em uma ligação para o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov


	Aleppo: bombardeios de aviões de guerra russos ou sírios impediram um hospital de continuar funcionando nesta quarta
 (REUTERS/Abdalrhman Ismail)

Aleppo: bombardeios de aviões de guerra russos ou sírios impediram um hospital de continuar funcionando nesta quarta (REUTERS/Abdalrhman Ismail)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2016 às 16h55.

Washington - Os Estados Unidos ameaçaram nesta quarta-feira interromper sua atividade diplomática com a Rússia na Síria e disseram que responsabilizam Moscou pelo uso de bombas incendiárias na cidade de Aleppo – uma postura que, segundo uma autoridade dos EUA, pode levar a acusações de crimes de guerra contra os russos.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, transmitiu a mensagem em uma ligação para o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na qual expressou uma "preocupação grave" com o ataque aéreo e terrestre do governo sírio, com apoio da Rússia, a áreas controladas por rebeldes em Aleppo, maior cidade da Síria.

Bombardeios de aviões de guerra russos ou sírios impediram um hospital de Aleppo de continuar funcionando nesta quarta-feira, disseram funcionários, e forças terrestres intensificaram um ataque ao setor da cidade sitiado e tomado por rebeldes em uma batalha que se tornou um divisor de águas em potencial na guerra civil de cinco anos e meio.

Síria e Rússia afirmam só visarem militantes do Estado Islâmico e de outros grupos.

O colapso de uma trégua mediada por EUA e Rússia no dia 19 de setembro e a intensificação dramática da ofensiva do governo sírio em Aleppo obrigaram autoridades dos EUA a reconsiderar o que podem tentar fazer para deter a violência, se é que algo pode ser feito.

Até agora, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vem se recusando a enviar forças norte-americanas para tentar depor o presidente sírio, Bashar al-Assad, e as autoridades de seu país duvidam que ele o faria em seus últimos meses no cargo.

Um cenário mais plausível seria permitir que aliados do Golfo Pérsico deem mais armas aos rebeldes.

"Se a diplomacia parar, outras opções terão que ser analisadas, o que significa discussões de coisas como medidas mais agressivas", disse um funcionário dos EUA, falando sob condição de anonimato.

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