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EUA alertam russos por envolvimento com Síria

"Não entregamos nem à Síria, nem para qualquer outro coisas que sejam utilizadas na luta contra manifestantes pacíficos", declarou ministro russo

A Rússia culpou a tradução pelas supostas acusações feitas por Lavrov aos EUA (©AFP / Atta Kenare)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2012 às 17h49.

Moscou - O Ministério russo das Relações Exteriores desmentiu nesta quarta-feira as declarações atribuídas ao ministro Serguei Lavrov pelos tradutores durante uma visita ao Irã, nas quais Moscou acusava Washington de fornecer armas aos rebeldes na Síria , enquanto o governo americano pediu novamente que Moscou pare de fornecer armas para o governo sírio.

"É um erro de tradução para o farsi", declarou à AFP um membro do serviço de imprensa do ministério em Moscou, apresentando uma versão em russo da declaração de Lavrov, na qual o ministro ressalta que os Estados Unidos fornecem armamentos "aos países da região".

"Não entregamos nem à Síria, nem para qualquer outro coisas que sejam utilizadas na luta contra manifestantes pacíficos, ao contrário dos próprios Estados Unidos, que fornecem regularmente aos países da região tais equipamentos especiais", declarou Lavrov no Irã, segundo o texto apresentado pelo ministério.

"Uma entrega desse tipo aconteceu recentemente em um dos países do Golfo Pérsico. Mas os americanos consideram que isso é normal", acrescentou.

"Não entregamos esses equipamentos especiais, e não fornecemos o que a Síria necessita em caso de ataque armado do exterior. Considero que isso é um direito soberano da Síria e do povo sírio", declarou ainda, segundo o ministério.

Os tradutores oficiais do russo para o farsi e o inglês em Teerã haviam atribuído nesta quarta-feira outras declarações a Lavrov.


"Os Estados Unidos fornecem à oposição armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio", havia declarado o ministro russo, segundo eles.

Apesar desse esclarecimento, o governo americano continuou a acusar os russos de fornecer armamento à Síria.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu novamente a Moscou que pare de entregar armas a Damasco, advertindo que a "espiral" de violência que sacode a Síria a leva em direção à "guerra civil".

"Nós pedimos em diversas oportunidades ao governo russo que corte completamente suas ligações militares (com a Síria) e suspenda qualquer novo apoio ou nova entrega", declarou Hillary, reafirmando a importância dada pelo seu governo à cooperação entre Estados Unidos e Rússia.

Já nesta terça, Hillary Clinton havia afirmado que Washington tinha "pedido diretamente aos russos que interrompessem o fornecimento de armas à Síria".

"Fui muito clara ontem em relação as nossas preocupações quanto à relação militar entre Moscou e o governo (do presidente sírio Bashar) al-Assad", disse Hillary, que fez essas declarações durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de seu homólogo indiano S.M. Krishna.

Assim como a Casa Branca havia feito alguns minutos antes, a chefe da diplomacia americana afirmou que os Estados Unidos não fornecem ajuda militar aos rebeldes sírios.

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Moscou - O Ministério russo das Relações Exteriores desmentiu nesta quarta-feira as declarações atribuídas ao ministro Serguei Lavrov pelos tradutores durante uma visita ao Irã, nas quais Moscou acusava Washington de fornecer armas aos rebeldes na Síria , enquanto o governo americano pediu novamente que Moscou pare de fornecer armas para o governo sírio.

"É um erro de tradução para o farsi", declarou à AFP um membro do serviço de imprensa do ministério em Moscou, apresentando uma versão em russo da declaração de Lavrov, na qual o ministro ressalta que os Estados Unidos fornecem armamentos "aos países da região".

"Não entregamos nem à Síria, nem para qualquer outro coisas que sejam utilizadas na luta contra manifestantes pacíficos, ao contrário dos próprios Estados Unidos, que fornecem regularmente aos países da região tais equipamentos especiais", declarou Lavrov no Irã, segundo o texto apresentado pelo ministério.

"Uma entrega desse tipo aconteceu recentemente em um dos países do Golfo Pérsico. Mas os americanos consideram que isso é normal", acrescentou.

"Não entregamos esses equipamentos especiais, e não fornecemos o que a Síria necessita em caso de ataque armado do exterior. Considero que isso é um direito soberano da Síria e do povo sírio", declarou ainda, segundo o ministério.

Os tradutores oficiais do russo para o farsi e o inglês em Teerã haviam atribuído nesta quarta-feira outras declarações a Lavrov.


"Os Estados Unidos fornecem à oposição armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio", havia declarado o ministro russo, segundo eles.

Apesar desse esclarecimento, o governo americano continuou a acusar os russos de fornecer armamento à Síria.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu novamente a Moscou que pare de entregar armas a Damasco, advertindo que a "espiral" de violência que sacode a Síria a leva em direção à "guerra civil".

"Nós pedimos em diversas oportunidades ao governo russo que corte completamente suas ligações militares (com a Síria) e suspenda qualquer novo apoio ou nova entrega", declarou Hillary, reafirmando a importância dada pelo seu governo à cooperação entre Estados Unidos e Rússia.

Já nesta terça, Hillary Clinton havia afirmado que Washington tinha "pedido diretamente aos russos que interrompessem o fornecimento de armas à Síria".

"Fui muito clara ontem em relação as nossas preocupações quanto à relação militar entre Moscou e o governo (do presidente sírio Bashar) al-Assad", disse Hillary, que fez essas declarações durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado de seu homólogo indiano S.M. Krishna.

Assim como a Casa Branca havia feito alguns minutos antes, a chefe da diplomacia americana afirmou que os Estados Unidos não fornecem ajuda militar aos rebeldes sírios.

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