O prédio do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Staff/AFP/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2014 às 16h19.
Washington - O governo dos Estados Unidos advertiu nesta sexta-feira que aplicará "ações adicionais" à Rússia caso o país não recue o comboio humanitário que chegou hoje ao leste da Ucrânia, reiterando que sua presença supõe uma "entrada não autorizada" por parte de Moscou em território ucraniano.
"Nossa posição é clara, e a Rússia não deve utilizar um comboio humanitário como desculpa para atravessar a fronteira", assegurou hoje o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, ao falar sobre a entrada da ajuda humanitária sem o consentimento das autoridades ucranianas e sem a supervisão da Cruz Vermelha.
Kirby reiterou que a chegada dos primeiros caminhões nesta manhã à cidade de Lugansk representa uma "entrada não autorizada" e que estão consultando com seus parceiros internacionais para avaliar a situação.
"Não temos uma imagem completa sobre o que contêm esses caminhões", assegurou o porta-voz do Pentágono ao ser perguntado pelos jornalistas pelo tipo de carga do comboio. "Trata-se de uma violação sobre o território da Ucrânia", disse Kirby.
Anteriormente, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, também condenou a entrada do comboio humanitário russo em território ucraniano sem consentimento das autoridades de Kiev e, inclusive, sem a supervisão da Cruz Vermelha.
"Observamos as transferências de grandes quantidades de armas, incluídos tanques, veículos blindados e artilharia, aos grupos separatistas no leste da Ucrânia", sustentou Rasmussen, que acrescentou que a Otan também tem consciência de uma alarmante acumulação de forças aéreas e terrestres russas perto da fronteira com a Ucrânia.
Apesar da oposição de Kiev e da comunidade internacional, um comboio de 262 caminhões com ajuda humanitária procedente da Rússia chegou hoje à cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia.