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EUA alerta para 'crescente presença' do Irã na Síria

As declarações foram feitas depois que o Departamento do Tesouro anunciou na manhã desta terça-feira o fim das sanções contra Riad Hijab


	Panneta: ''O que estamos vendo é uma crescente presença do Irã''
 (©AFP / Evaristo Sa)

Panneta: ''O que estamos vendo é uma crescente presença do Irã'' (©AFP / Evaristo Sa)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 20h46.

Washington - O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, acusou nesta terça-feira o Irã de ter ''uma crescente presença'' na Síria através do treino das milícias pró-governo, o que considerou ''perigoso'' e que ''contribui para o massacre'' que está ocorrendo no país.

''Agora há sinais de que (os iranianos) estão tentando treinar milícias dentro da Síria para que lutem a favor do regime de Bashar al Assad'', explicou Panetta em entrevista coletiva, junto com o general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior dos EUA.

''O que estamos vendo é uma crescente presença do Irã, e isso é uma causa de profunda preocupação'', acrescentou Panetta. O secretário de Defesa acha que o Irã não deveria interferir desta forma neste momento porque ''é perigoso'' e ''contribui para o massacre que está acontecendo na Síria''. Além disso, acrescentou, Teerã tenta ''respaldar um regime que achamos que acabará caindo'' o que ''só prolonga a miséria do povo sírio''.

As declarações foram feitas depois que o Departamento do Tesouro anunciou na manhã desta terça-feira o fim das sanções contra Riad Hijab, ex-primeiro-ministro da Síria que desertou no início do mês e encorajou outros altos cargos sírios a seguirem passos ''igualmente valentes''.

Por sua vez, o general Dempsey reconheceu que houve informações sobre a presença de membros da Al Qaeda na Síria, mas negou que apoiem a oposição.

''A Al Qaeda é oportunista, e é por isso que estão tentando encontrar entradas na Síria, mas não-alinhados com a oposição, já que a influência iraniana está com o regime'', afirmou Dempsey.

Desde o início das revoltas contra o regime de Assad, em março de 2011, já morreram mais de 11 mil pessoas, segundo a ONU.

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