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EUA ajudaram França com programa nuclear para dividir Europa

Objetivo da diplomacia americana era aumentar a rivalidade francesa com os britânicos e impedir uma união do continente

Richard Nixon, então presidente dos EUA, cumprimenta Henry Kissinger (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 16h02.

Washington - Os Estados Unidos ajudaram secretamente a França a desenvolver seu arsenal nuclear na década de 1970, com o objetivo de dividir a Europa, revelam documentos liberados nesta quarta-feira sobre o governo do presidente Richard Nixon.

Henry Kissinger, a grande figura da política externa da administração Nixon, queria promover uma disputa entre França e Grã-Bretanha com o objetivo de minar a união europeia, segundo os documentos publicados pela Universidade George Washington e pelo Instituto Woodrow Wilson.

"Não queremos que a unidade europeia avance e se volte contra nós. Se os franceses pensarem que podem superar os ingleses, então teremos atingido nosso objetivo", explica Kissinger em um dos documentos.

A França testou suas primeiras bombas atômicas no deserto do Saara, em 1960, tornando-se o quarto país com armas nucleares, após Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha.

A posição oficial dos Estados Unidos foi a de negar qualquer colaboração com a França em matéria nuclear militar, mas os documentos revelam que desde que chegou ao poder, em 1969, Richard Nixon compreendeu que não poderia impedir a ambição nuclear dos franceses.

A partir deste momento, os Estados Unidos começaram a fornecer em conta-gotas informações nucleares a Paris, por intermédio de Robert Galley, ministro francês da Defesa do governo de Georges Pompidou.

Para drilhar a lei americana que impedia qualquer forma de cooperação nuclear direta com a França, os americanos se limitaram a apontar se os franceses estavam fazendo a coisa certa ou não.

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Henry Kissinger, a grande figura da política externa da administração Nixon, queria promover uma disputa entre França e Grã-Bretanha com o objetivo de minar a união europeia, segundo os documentos publicados pela Universidade George Washington e pelo Instituto Woodrow Wilson.

"Não queremos que a unidade europeia avance e se volte contra nós. Se os franceses pensarem que podem superar os ingleses, então teremos atingido nosso objetivo", explica Kissinger em um dos documentos.

A França testou suas primeiras bombas atômicas no deserto do Saara, em 1960, tornando-se o quarto país com armas nucleares, após Estados Unidos, Rússia e Grã-Bretanha.

A posição oficial dos Estados Unidos foi a de negar qualquer colaboração com a França em matéria nuclear militar, mas os documentos revelam que desde que chegou ao poder, em 1969, Richard Nixon compreendeu que não poderia impedir a ambição nuclear dos franceses.

A partir deste momento, os Estados Unidos começaram a fornecer em conta-gotas informações nucleares a Paris, por intermédio de Robert Galley, ministro francês da Defesa do governo de Georges Pompidou.

Para drilhar a lei americana que impedia qualquer forma de cooperação nuclear direta com a França, os americanos se limitaram a apontar se os franceses estavam fazendo a coisa certa ou não.

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