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EUA afirmam que acordo com México e Canadá serve de recado para a China

Casa Branca avaliou que a nova coalizão será capaz de regular muitas áreas com problemas no comércio internacional

Larry Kudlow: diretor do Conselho Econômico Nacional do país disse que coalizão "enfrentará a China, suas práticas comerciais injustas, suas barreiras e o roubo de propriedade intelectual" (Leah Millis/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 16h55.

Washington - O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, disse nesta terça-feira, 2, que o acordo comercial assinado recentemente com México e Canadá envia um recado para a China, apontado como o principal adversário do governo americano no setor pelo presidente Donald Trump.

"Acredito que (o acordo) envia um sinal à China de que estamos trabalhando como se fôssemos um só. Acho que isso é muito bom", afirmou Kudlow a jornalistas na Casa Branca.

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"O continente está agora unido contra o que vou chamar de práticas comerciais injustas por parte de vocês já sabem quem: começa com 'c' e termina com 'a'", brincou o assessor.

Kudlow avaliou que a nova coalizão com Canadá e México será capaz de regular muitas áreas com problemas no comércio internacional por meio da cooperação entre os três governos.

"E essa coalizão enfrentará a China, suas práticas comerciais injustas, suas barreiras e o roubo de propriedade intelectual", disse.

O assessor de Trump também falou sobre o comunicado publicado na última semana em Nova York por representantes do Escritório de Comércio Exterior dos EUA, da União Europeia (UE) e do Japão. No documento, eles expressavam "preocupação" com as políticas não orientadas ao mercado de terceiros países.

"UE, Japão e EUA enviarão um sinal aos chineses de que não estamos fazendo isso sozinhos. Acho que o presidente Trump se atreveria a fazê-lo sozinho, mas estamos recebendo muito apoio de nossos aliados, o que inclui, certamente, o acordo (com México e Canadá). Espero que os chineses estejam ouvindo", ressaltou.

Kudlow antecipou ontem que Trump poderia se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula do G20 que será realizada entre 30 de novembro e 1º de dezembro em Buenos Aires.

TARIFAS

Os EUA decidiram no último dia 24 de setembro impor uma nova rodada de tarifas sobre as importações chinesas. Desta vez, as tarifas foram de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos do país.

O governo chinês respondeu aplicando encargos sobre US$ 60 bilhões em produtos agrícolas americanos.

A primeira bateria de sanções do governo dos EUA foi aplicada em julho e significou taxas sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas (a maioria do setor tecnológico), enquanto a segunda foi sobre US$ 16 bilhões.

Além disso, em meados de setembro, Trump acusou publicamente a China de tentar interferir nas eleições legislativas que acontecerão em novembro nos EUA.

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