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Estrangeiros desesperados para deixar Nepal após terremoto

Com suas montanhas impressionantes e sua rica história cultural, o Nepal é um destino muito atrativo para os turistas estrangeiros que chegam todos os anos

Equipes de resgate observam edifícios destruídos após terremoto em Katmandu (Prakash Mathema/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2015 às 14h29.

Katmandu - Michael Mackey, que passou a noite em um ônibus lotado junto a sua família no aeroporto, é um dos milhares de turistas que estavam de férias no Nepal e que agora estão desesperados para deixar o país, arrasado por um terremoto .

O neozelandês, sua esposa e seus três filhos estavam no sábado em um café da capital, Katmandu, quando ocorreu o tremor de magnitude 7,8 que já deixou mais de 3.400 mortos.

"Os edifícios ao nosso redor ficaram muito danificados. Depois disso não paramos e caminhamos até o aeroporto", disse Mackey.

"Ainda estamos tentando conseguir através de nosso agente de viagens qualquer voo para deixar o Nepal", explica.

Com suas montanhas impressionantes e sua rica história cultural, o Nepal é um destino muito atrativo para os turistas estrangeiros que chegam todos os anos, quase 800.000 em 2013.

Muitos deles viajam com a intenção de escalar o Everest e outros picos vizinhos. Outros vão praticar esportes de aventura na cidade de Pokhara, o ponto de partida das populares trilhas de caminhada na cordilheira do Annapurna.

Ainda não se sabe quantos estrangeiros estão entre os mortos, incluindo os que perderam a vida no Everest, onde ao menos 18 pessoas faleceram nas avalanches provocadas pelo terremoto.

A vizinha Índia retirou cerca de 1.000 cidadãos em aviões militares desde sábado, mas seu secretário de Relações Exteriores, S. Jaishankar, disse que era complicado afirmar quantos restavam no Nepal.

A China, que perdeu quatro de seus cidadãos no país, informou nesta segunda-feira ter retirado mais de 1.000 chineses e que as companhias aéreas estavam tentando tirar outros 4.000 turistas do país.

A Cruz Vermelha colocou em funcionamento um site para ajudar as famílias a tentar encontrar ou entrar em contato com seus parentes.

Tragédia no Everest

Ao menos dois americanos morreram na avalanche, um médico que trabalhava para uma empresa de trilhas de alpinismo e um executivo do Google, informaram suas empresas. Em abril de 2014 outra avalanche no Everest matou 16 sherpas.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores japonês informou que ao menos um japonês de 50 anos morreu na avalanche.

Enquanto os tremores secundários do terremoto seguem atingindo o país, um turista tcheco, Martin Hullan, passou a noite acampado nos jardins do palácio real de Katmandu em vez de se arriscar alojando-se em algum dos edifícios danificados pelo terremoto. "Fazia muito frio. Conseguimos um voo para sair de Katmandu em direção à Tailândia", disse Hulla à AFP.

Outros turistas, por sua vez, preferiram ficar e ajudar, em vez de fugir do Nepal o quanto antes.

"Quando vi nas notícias locais que os hospitais precisavam de voluntários, decidi vir aqui e tentar ajudar", disse à AFP a turista portuguesa Heli Camarinha.

"Tenho um certificado de primeiros socorros e experiência em trabalho social no meu país. Estive fazendo tudo o que pude, desde limpar os quartos dos pacientes até transportá-los de maca", acrescentou.

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Katmandu - Michael Mackey, que passou a noite em um ônibus lotado junto a sua família no aeroporto, é um dos milhares de turistas que estavam de férias no Nepal e que agora estão desesperados para deixar o país, arrasado por um terremoto .

O neozelandês, sua esposa e seus três filhos estavam no sábado em um café da capital, Katmandu, quando ocorreu o tremor de magnitude 7,8 que já deixou mais de 3.400 mortos.

"Os edifícios ao nosso redor ficaram muito danificados. Depois disso não paramos e caminhamos até o aeroporto", disse Mackey.

"Ainda estamos tentando conseguir através de nosso agente de viagens qualquer voo para deixar o Nepal", explica.

Com suas montanhas impressionantes e sua rica história cultural, o Nepal é um destino muito atrativo para os turistas estrangeiros que chegam todos os anos, quase 800.000 em 2013.

Muitos deles viajam com a intenção de escalar o Everest e outros picos vizinhos. Outros vão praticar esportes de aventura na cidade de Pokhara, o ponto de partida das populares trilhas de caminhada na cordilheira do Annapurna.

Ainda não se sabe quantos estrangeiros estão entre os mortos, incluindo os que perderam a vida no Everest, onde ao menos 18 pessoas faleceram nas avalanches provocadas pelo terremoto.

A vizinha Índia retirou cerca de 1.000 cidadãos em aviões militares desde sábado, mas seu secretário de Relações Exteriores, S. Jaishankar, disse que era complicado afirmar quantos restavam no Nepal.

A China, que perdeu quatro de seus cidadãos no país, informou nesta segunda-feira ter retirado mais de 1.000 chineses e que as companhias aéreas estavam tentando tirar outros 4.000 turistas do país.

A Cruz Vermelha colocou em funcionamento um site para ajudar as famílias a tentar encontrar ou entrar em contato com seus parentes.

Tragédia no Everest

Ao menos dois americanos morreram na avalanche, um médico que trabalhava para uma empresa de trilhas de alpinismo e um executivo do Google, informaram suas empresas. Em abril de 2014 outra avalanche no Everest matou 16 sherpas.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores japonês informou que ao menos um japonês de 50 anos morreu na avalanche.

Enquanto os tremores secundários do terremoto seguem atingindo o país, um turista tcheco, Martin Hullan, passou a noite acampado nos jardins do palácio real de Katmandu em vez de se arriscar alojando-se em algum dos edifícios danificados pelo terremoto. "Fazia muito frio. Conseguimos um voo para sair de Katmandu em direção à Tailândia", disse Hulla à AFP.

Outros turistas, por sua vez, preferiram ficar e ajudar, em vez de fugir do Nepal o quanto antes.

"Quando vi nas notícias locais que os hospitais precisavam de voluntários, decidi vir aqui e tentar ajudar", disse à AFP a turista portuguesa Heli Camarinha.

"Tenho um certificado de primeiros socorros e experiência em trabalho social no meu país. Estive fazendo tudo o que pude, desde limpar os quartos dos pacientes até transportá-los de maca", acrescentou.

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