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Estes são os países mais corruptos do mundo

Índice da Percepção da Corrupção 2017, da Transparência Internacional, mostra que nenhum país apresenta o nível ideal de "honestidade" no setor público

Conflitos na Venezuela: país é o único representante latino entre os países mais corruptos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 14h01.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2018 às 16h38.

São Paulo – Apesar dos esforços globais contra a corrupção , o planeta ainda caminha lentamente na guerra contra essa prática. Segundo a edição 2017 do Índice de Percepção da Corrupção, divulgado nesta quarta-feira, os setores públicos de 180 países foram percebidos como corruptos em algum nível por especialistas e empresários de todas as partes do mundo.

Uma tendência assustadora trazida à tona pelo relatório é a de que os países que expõem os menores níveis de proteção da imprensa e entidades de engajamento civil, como ONGs, são os que apresentam os maiores níveis de corrupção. Um em cada cinco jornalistas mortos desde 2012 tiveram seus homicídios ligados às suas atividades investigativas contra o setor público.

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Ranking

O levantamento é produzido todos os anos pela Transparência Internacional e tem como objetivo montar um panorama do combate à corrupção. O resultado é um ranking global que classifica os países entre os mais e menos corruptos. A pontuação vai de zero a 100, no qual o zero é a referência para “altamente corrupto” e 100 para “muito íntegro”.

Neste ano, 180 países foram investigados. A má notícia é a de que nenhum deles atingiu a pontuação ideal e a média de pontos obtida neste ano segue a linha do que foi observado no ano anterior, e que é de 43. De acordo com a entidade, esse é um indicador grave do quão endêmica é a situação mundo afora, da Europa ocidental, cuja média de pontos é 66, até a África subsaariana, 32.

Entre aqueles que podem ser considerados os países mais corruptos, poucas mudanças na comparação com 2016. A Somália segue como o país de pior pontuação, 8, e é seguida pelo Sudão do Sul, 12 pontos, e a Síria, 14 pontos. Em comum, esses lugares vivem turbulências políticas intensas, ameaças de terrorismo, guerra civil e populações arrasadas pela pobreza. A Venezuela é o país das Américas com o pior desempenho.

Quando se olha para o topo do ranking, no qual estão posicionados os países com as pontuações mais positivas, o domínio dos países desenvolvidos fica evidente e não há mudanças significativas. A Nova Zelândia salta um degrau, assumindo a primeira colocação, enquanto a Dinamarca desce um, passando para a segunda.

Sobre o Brasil, o cenário é preocupante. O país 17 posições na comparação com o ano passado: saiu da 79ª posição para a 96ª, atrás de Ruanda e Arábia Saudita, mas empatado com Zâmbia e Indonésia. É a pior situação já enfrentada no âmbito do estudo. Entre os latinos, louros para o Uruguai, que está na 23ª, ultrapassando Portugal, Espanha e Coreia do Sul.

O mapa abaixo, compilado pelo site EXAME com base no levantamento da Transparência Internacional, mostra como estão distribuídos os países mais e menos corruptos. Brasil, Uruguai e Estados Unidos não fazem parte desses grupos, mas foram incluídos para fins de comparações.

 

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