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Estados Unidos estudam regulamentar jogos online

Deputados aprovam projeto que dificulta o acesso de cidadãos americanos a esses serviços e gera polêmica

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

O Congresso americano pode regulamentar o mercado de jogos online de azar, com o objetivo de coibir o acesso dos cidadãos a esses serviços. Nesta terça-feira (11/7), por 317 votos contra 93, a Casa dos Representantes, equivalente à Câmara dos Deputados brasileira, tornou crime o pagamento de diversos jogos online, como pôquer e roleta. Com isso, os americanos estarão infringindo a lei caso utilizem seu cartão de crédito, transferência eletrônica ou outros meios para pagar pelo jogo via web. No terceiro trimestre, o Senado deve se pronunciar sobre o tema.

O mercado de jogos online de azar movimenta anualmente 12 bilhões de dólares em todo o mundo. Metade do faturamento vem dos consumidores americanos. Segundo o jornal britânico Financial Times, o mais curioso é que, apesar do tamanho do mercado americano, nenhuma das 2 500 empresas que atuam nesse setor estão sediadas nos Estados Unidos.

Por isso, a decisão dos parlamentares americanos está gerando forte polêmica. Para parte dos especialistas, as autoridades estão apenas recaindo no mesmo tipo de moralismo que os muçulmanos têm em relação ao tabaco, por exemplo. Os críticos afirmam ainda que a legislação americana é ambígua em relação aos jogos, pois permite loterias, corridas de cavalo e cassinos, mas quer coibir as apostas pela internet.

Já os defensores da proibição afirmam que os jogos online são uma ameaça aos mais jovens. "Nunca antes houve um meio tão fácil de se perder muito dinheiro sendo tão jovem", afirmou o deputado republicano Jim Leach, um dos relatores do projeto aprovado nesta semana.

À parte as discussões, se implementada, a medida terá impacto mundial, de acordo com o FT. Grandes companhias de crédito, como Visa e Mastercard, apoiaram desde o começo esse mercado e, agora, podem sofrer um revés. Além disso, as próprias empresas dedicadas a jogos online sentirão no bolso a lei americana. A PartyGaming, por exemplo, sediada em Gibraltar, viu suas ações caírem 25% na Bolsa de Valores de Londres, um dia após a aprovação da lei pelos congressistas americanos.

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