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Estado Islâmico usa 100 mil civis como escudo humano em Mosul

A denúncia foi feita pelo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados no Iraque, que afirma que os civis foram capturados fora de Mosul

Mosul: sabe-se que o EI pegou muitos civis que tentavam fugir dos combates (Erik De Castro/Reuters)

Mosul: sabe-se que o EI pegou muitos civis que tentavam fugir dos combates (Erik De Castro/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de junho de 2017 às 08h34.

A ONU calcula em mais de 100.000 o número de civis iraquianos retidos na área sob controle do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na parte antiga de Mosul, norte do Iraque.

"Mais de 100.000 civis podem estar retidos na área antiga... Estes civis são usados essencialmente como escudos humanos", afirmou o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados no Iraque, Bruno Geddo, em uma entrevista coletiva em Genebra.

As forças iraquianas prosseguem os combates para tentar retomar do EI a área antiga de Mosul. A cidade, conquistada pelos jihadistas em meados de 2014, se tornou o reduto do grupo no Iraque.

Geddo explicou que o EI capturou civis fora de Mosul e os forçou a seguir para a área antiga.

"Sabemos que o EI pegou muitos civis que tentavam fugir dos combates", completou.

Desde o início da ofensiva contra Mosul, em outubro do ano passado, 862.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, mas 195.000 retornaram depois que as forças iraquianas reconquistaram a zona leste da cidade.

No total, 667.000 civis de Mosul continuam afastados de suas residências e moram com famílias de acolhida ou nos 13 acampamentos para refugiados criados pela ONU.

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