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Estado Islâmico toma controle da represa de Mossul

Combatentes radicais avançaram ontem para rumo à represa de Mossul e tomaram o controle durante a noite


	Jihadistas tomam o controle de represa em Mossul, uma das principais cidades iraquianas
 (AFP)

Jihadistas tomam o controle de represa em Mossul, uma das principais cidades iraquianas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 11h52.

Mossul - Os jihadistas do Estado Islâmico (EI) tomaram nesta sexta-feira o controle da represa de Mossul, uma das mais importantes do Iraque, depois que as forças curdas ("peshmergas") se retiraram da zona, informou à Agência Efe o chefe de segurança da província de Ninawa, Mohammed al Bayati.

Al Bayati disse que os combatentes radicais avançaram ontem para rumo à represa de Mossul e tomaram o controle durante a noite, obrigando os "peshmergas" a se retirar sem que fossem registrado enfrentamentos entre ambos os grupos.

As forças curdas se retiraram da maior parte das zonas do norte de Mossul, entre elas de Telkif, Zemar e também da própria represa, localizada a cerca de 23 quilômetros da cidade de Dohuk, na região do Curdistão iraquiano.

Os "peshmergas" mantiveram enfrentamentos com o EI há dois dias, disse Al Bayati, mas com o avanço rumo à represa decidiram se retirar rumo a Dohuk.

A represa de Mossul é das principais reservas estratégicas de água do Iraque, com uma capacidade de vários milhões de metros cúbicos.

O EI controla Mossul, a segunda cidade do Iraque, desde 10 de junho e luta no norte do país para ampliar seu declarado "califado", como quando no último dia 5 tomou a população de Sinjar, o que desencadeou uma crise humanitária denunciada pela ONU.

Mais de 120 mil cristãos se deslocaram para escapar dos jihadistas desde as localidades de Qaraqosh (a maior cidade cristã do Iraque) e Telkif rumo às de Erbil e Dohuk.

Após a queda de Mossul e a debandada das tropas iraquianas, os "peshmergas" passaram a dominar zonas disputadas com Bagdá como a cidade petrolífera de Kirkuk, no norte do país, e tentam conter o avanço jihadista na zona.

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