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Estado Islâmico segue executando minorias, diz ONU

A ONU denunciou que o grupo jihadista continua com as execuções de pessoas de minorias religiosas e étnicas


	Membros do EI: grupo estabeleceu um tribunal próprio na cidade iraquiana de Mossul
 (AFP)

Membros do EI: grupo estabeleceu um tribunal próprio na cidade iraquiana de Mossul (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 12h56.

Genebra - A ONU denunciou nesta sexta-feira que o grupo jihadista Estado Islâmico continua com as execuções de pessoas de minorias religiosas e étnicas, mas também de sunitas -seu próprio braço do islã- que não aceitam jurar lealdade a eles.

"Estamos recebendo cada vez mais informações sobre ataques sistemáticos contra indivíduos sunitas que rejeitam declarar sua lealdade", disse a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.

A isso são agregados crimes contra grupos étnicos e religiosos não sunitas, mediante assassinatos, sequestros, destruição de propriedades e de lugares de significado cultural e religioso.

As últimas denúncias recebidas têm a ver com a execução nos últimos dias de agosto de 14 idosos da minoria yazidi após o ataque por parte de milicianos do Estado Islâmico em uma aldeia de Sinjar (província iraquiana de Ninawa).

Na cidade de Mossul (capital de Ninawa), que o grupo extremista controla desde o começo de junho, este estabeleceu um tribunal próprio que ordenou a execução de vários homens, enquanto em outro evento sequestraram sete cristãos, entre eles uma menina de três anos.

A ONU também tem dados sobre a execução recente de soldados das Forças de Segurança iraquianas e de 20 homens sunitas na província de Diyala por não aceitar sua autoridade.

Foi reportado que os enfrentamentos entre o Estado Islâmico e o Exército iraquiano prosseguem nas províncias de Ninawa, Diyala, Anbar e Salah al-Din.

A ONU também informou que lançou um novo pedido de fundos entre os doadores a favor do Iraque, por US$ 315 milhões, para poder continuar com sua operação de ajuda frente às necessidades maciças da população.

A situação de violência no Iraque conduziu 1,8 milhão de pessoas ao êxodo unicamente desde janeiro.

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