Mundo

EI matou mais de 3 mil pessoas na Síria desde 2014

Dessas vítimas, pelo menos 1.879 eram civis, dos quais 76 eram menores de idade e 99 mulheres


	Estado Islâmico: dessas vítimas, pelo menos 1.879 eram civis, dos quais 76 eram menores de idade e 99 mulheres
 (REUTERS/Social Media Website)

Estado Islâmico: dessas vítimas, pelo menos 1.879 eram civis, dos quais 76 eram menores de idade e 99 mulheres (REUTERS/Social Media Website)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2015 às 07h27.

Beirute - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) matou 3.221 pessoas na Síria desde que proclamou um califado em partes deste país e do Iraque no final de junho de 2014, segundo uma apuração divulgada nesta terça-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Dessas vítimas, pelo menos 1.879 eram civis, dos quais 76 eram menores de idade e 99 mulheres.

A maior parte dessas mortes foi causada por execuções extrajudiciais com diferentes métodos, como fuzilamento, decapitação e apedrejamento, além de vítimas que foram queimadas vivas e lançadas do alto de edifícios.

Os jihadistas também executaram 241 milicianos curdo-sírios, integrantes do grupo rival Frente al Nusra (Al Qaeda) e combatentes de outras facções armadas.

Além disso, os extremistas do EI assassinaram 907 oficiais, soldados e milicianos das forças governamentais sírias.

Ao total de mortes também se somam dois desertores do regime que não faziam parte de nenhum grupo rebelde e sete pessoas acusadas de colaborar com o regime, entre elas um menor que delatou ao EI os outros seis por supostamente trabalharem para o Exército de Defesa Nacional, uma milícia pró-governo.

Os radicais assassinaram também 185 membros do EI suspeitos de "espionar para outros Estados e de trabalhar para a coalizão cruzada", em alusão à aliança internacional liderada pelos EUA contra a organização.

A maioria deles morreu depois que foram capturados por outros integrantes do EI quando tentavam retornar a seus países de origem.

A organização terrorista declarou um califado nas partes que controla nos territórios sírio e iraquiano no dia 29 de junho do ano passado, e ampliou seu domínio em partes do norte e do centro dos dois países.

Apenas no último mês, o EI executou extrajudicialmente 65 pessoas na Síria, das quais 38 eram civis, segundo o OSDH.

Entre as acusações atribuídas a suas vítimas no último mês estão: pertencer às forças do regime sírio, contrabando de tabaco, adultério, bruxaria, sodomia e lutar contra o EI.

Esta organização radical sunita aplica duras punições aos transgressores de suas normas para semear o terror entre a população e como propaganda para a comunidade internacional. EFE

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoMortesSíriaViolência política

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua