Tragédia: 112 pessoas morreram após queda de avião nas proximidades de Havana, no dia 18 de maio (Alexandre Meneghini/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de junho de 2018 às 20h02.
Havana - A cubana Mailén Díaz Almaguer, única sobrevivente do acidente aéreo que aconteceu no dia 18 de maio, Havana (Cuba), apesar de ter apresentado melhora no começo da semana, entrou em estado "crítico" após o surgimento de infecções.
Conforme o boletim médico mais recente do Hospital Calixto García, na capital cubana, o estado da paciente, de 19 anos, é "muito grave", com "alto risco" de complicações.
O diretor do hospital, Carlos Alberto Martínez, explicou que as novas complicações repercutiram nas funções respiratórias da jovem e foi preciso recoloca-la no ventilador mecânico, que tinha sido removido na terça-feira, quando ela voltou a conseguir respirar por conta própria. De acordo com o médico, ela está "consciente", embora esteja recebendo sedativos para ajudar nas funções respiratórias.
Na terça-feira passada, os médicos anunciaram que Mailén apresentava uma resposta "favorável" aos tratamentos e respirava sem a ajuda de aparelhos, com previsão de melhora.
Mailén Díaz Almaguer é a única sobrevivente do acidente com o voo DMJ-972. O aparelho caiu pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí, com 113 pessoas a bordo. Só três mulheres foram resgatadas com vida, sendo que duas morreram nos dias posteriores.
O aparelho era um Boeing 737-200, de propriedade da companhia mexicana Global Air e alugado para a Cubana de Aviación para fazer o trajeto entre as cidades de Havana e Holguín, na parte leste da ilha. A catástrofe deixou 112 mortos, sendo 101 cubanos e 11 estrangeiros: sete mexicanos - os seis membros da tripulação e uma turista -, dois argentinos e dois saarianos residentes em Cuba.
O Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba (IACC) lidera uma comissão que investiga o acidente. As caixas-pretas foram enviadas aos Estados Unidos para a análise de especialistas cubanos e da companhia fabricante da aeronave. EFE