Especialistas divergem sobre as causas da morte de Arafat
Circunstâncias exatas da morte há 10 anos do líder palestino Yasser Arafat continuam sendo um enigma
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 12h22.
Ramala - As circunstâncias exatas da morte há 10 anos do líder palestino Yasser Arafat continuam sendo um enigma: para alguns especialistas ele foi envenenado com polônio e para outros a morte aconteceu por causas naturais.
2004
- 11 de novembro: Arafat morre aos 75 anos no hospital Percy de Clamart, região de Paris. Ele havia sido internado em outubro, depois de sentir dores abdominais em seu quartel-general em Ramallah, onde vivia confinado desde dezembro de 2001, cercado pelo exército israelense. Três dias depois, o ministro da Saúde francês desmente a hipótese de envenenamento.
Os boatos apontavam para Israel .
- 22 de novembro: Naser al-Qidwa, sobrinho de Arafat, consegue, contra a opinião da viúva do falecido, uma cópia do histórico clínico, que não contém dados sobre um eventual envenenamento. Mas se nega a descartar a hipótese.
2012
- 3 de julho: o canal Al-Jazeera retoma a tese de um envenenamento em um documentário que cita uma descoberta do Instituto de Radiofísica de Lausanne (Suíça), depois de examinar mostras biológicas extraídas dos bens pessoais de Arafat entregues à viúva pelo hospital.
O centro detectou uma "quantidade anormal de polônio", substância radioativa altamente tóxica.
No dia 31 de julho, a viúva de Arafat, Suha, apresenta uma ação por assassinato à promotoria de Nanterre, região de Paris, que abre um procedimento judicial em agosto.
- 28 de agosto: publicação do boletim de hospitalização de Arafat que data de 14 de novembro de 2004.
Menciona uma inflamação intestinal de tipo "infeccioso" e um transtorno da coagulação "severo". Não explica as causas da morte.
- 27 de novembro: abertura do túmulo de Arafat durante várias horas para a retirada de 60 mostras, entregues a três equipes de cientistas — uma francesa, uma suíça e uma russa — para análise.
2013
- 7 de novembro: os especialistas suíços consideram a tese de envenenamento com polônio a "mais coerente" com seus resultados, insistindo, no entanto, que não está em condições de afirmar categoricamente que esta substância tenha provocado a morte.
Os cientistas afirmam ter medido doses de polônio até 20 vezes superiores ao considerado normal.
Israel nega envolvimento na morte do líder palestino.
- 17 de novembro: o presidente palestino, Mahmud Abbas, defende a criação de uma comissão internacional para investigar a morte de Arafat.
- 26 de novembro: o então presidente israelense, Shimon Peres, descarta a tese de envenenamento e afirma que "teria sido mais fácil" assassiná-lo com um tiro.
- 3 de dezembro: os especialistas franceses descartam a tese de envenenamento. Para Israel "não é uma surpresa".
Os palestinos se declaram céticos. Suha Arafat diz estar desconcertada com as contradições entre especialistas suíços e franceses, mas afirma que não acusa ninguém.
- 26 de dezembro: os especialistas russos descartam um envenenamento com polônio. Os suíços denunciam uma "declaração política".
Ramala - As circunstâncias exatas da morte há 10 anos do líder palestino Yasser Arafat continuam sendo um enigma: para alguns especialistas ele foi envenenado com polônio e para outros a morte aconteceu por causas naturais.
2004
- 11 de novembro: Arafat morre aos 75 anos no hospital Percy de Clamart, região de Paris. Ele havia sido internado em outubro, depois de sentir dores abdominais em seu quartel-general em Ramallah, onde vivia confinado desde dezembro de 2001, cercado pelo exército israelense. Três dias depois, o ministro da Saúde francês desmente a hipótese de envenenamento.
Os boatos apontavam para Israel .
- 22 de novembro: Naser al-Qidwa, sobrinho de Arafat, consegue, contra a opinião da viúva do falecido, uma cópia do histórico clínico, que não contém dados sobre um eventual envenenamento. Mas se nega a descartar a hipótese.
2012
- 3 de julho: o canal Al-Jazeera retoma a tese de um envenenamento em um documentário que cita uma descoberta do Instituto de Radiofísica de Lausanne (Suíça), depois de examinar mostras biológicas extraídas dos bens pessoais de Arafat entregues à viúva pelo hospital.
O centro detectou uma "quantidade anormal de polônio", substância radioativa altamente tóxica.
No dia 31 de julho, a viúva de Arafat, Suha, apresenta uma ação por assassinato à promotoria de Nanterre, região de Paris, que abre um procedimento judicial em agosto.
- 28 de agosto: publicação do boletim de hospitalização de Arafat que data de 14 de novembro de 2004.
Menciona uma inflamação intestinal de tipo "infeccioso" e um transtorno da coagulação "severo". Não explica as causas da morte.
- 27 de novembro: abertura do túmulo de Arafat durante várias horas para a retirada de 60 mostras, entregues a três equipes de cientistas — uma francesa, uma suíça e uma russa — para análise.
2013
- 7 de novembro: os especialistas suíços consideram a tese de envenenamento com polônio a "mais coerente" com seus resultados, insistindo, no entanto, que não está em condições de afirmar categoricamente que esta substância tenha provocado a morte.
Os cientistas afirmam ter medido doses de polônio até 20 vezes superiores ao considerado normal.
Israel nega envolvimento na morte do líder palestino.
- 17 de novembro: o presidente palestino, Mahmud Abbas, defende a criação de uma comissão internacional para investigar a morte de Arafat.
- 26 de novembro: o então presidente israelense, Shimon Peres, descarta a tese de envenenamento e afirma que "teria sido mais fácil" assassiná-lo com um tiro.
- 3 de dezembro: os especialistas franceses descartam a tese de envenenamento. Para Israel "não é uma surpresa".
Os palestinos se declaram céticos. Suha Arafat diz estar desconcertada com as contradições entre especialistas suíços e franceses, mas afirma que não acusa ninguém.
- 26 de dezembro: os especialistas russos descartam um envenenamento com polônio. Os suíços denunciam uma "declaração política".