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Espanhóis protestam contra cortes e reforma polêmica

Centenas de estudantes protestaram em meio a uma greve de três dias, que protesta contra os cortes orçamentários e uma discutida reforma do sistema educacional

Estudantes protestam em Barcelona: segundo organizadores, a greve, que começou na terça-feira e termina na quinta, está obtendo uma adesão de 80% a 90% (Josep Lago/AFP)

Estudantes protestam em Barcelona: segundo organizadores, a greve, que começou na terça-feira e termina na quinta, está obtendo uma adesão de 80% a 90% (Josep Lago/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 12h42.

Madri - Centenas de estudantes protestaram nesta quarta-feira em várias cidades espanholas, em meio a uma greve de três dias do setor, que protesta contra os cortes orçamentários e uma discutida reforma do sistema educacional para melhorar sua qualidade.

A lei, apoiada apenas pelo Partido Popular, no poder, deve ser aprovada no Senado no próximo mês e aplicada no decorrer de 2014 e 2015, apesar da oposição de toda a comunidade educacional, que pede há meses a renúncia do ministro da Educação, José Ignacio Wert, um dos mais controversos do Executivo.

"A política do Partido Popular tem um objetivo muito claro: negar aos filhos dos trabalhadores o direito à educação. O faz com esta lei, com as taxas universitárias, com os cortes de bolsas de estudo", protestava Ana García, secretária-geral do Sindicato de Estudantes, em uma manifestação em Madri.

Segundo os organizadores, a greve, que começou na terça-feira e termina na quinta-feira, está obtendo uma adesão de 80% a 90%, número que o ministério rebaixa a cerca de 20%.

Com gritos de "Wert renuncie" e muitos cartazes em defesa da educação pública, centenas de estudantes percorreram o centro de Madri em protesto pela lei e pelos cortes sofridos pelo setor.

"Em minha escola muita gente ficou sem vaga, as salas de aula estão lotadas, falta material e faltam professores", lamenta Miguel Corona, estudante de 18 anos de eletromecânica.

"No meu caso temos uma professora de música para mais de 300 alunos do instituto", acrescentou Guillermo Arévalo, estudante de 16 anos.

Desta vez o protesto também contou com a adesão dos estudantes universitários, afetados pelo corte das bolsas de estudo e por um aumento das taxas neste contexto de austeridade.

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