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Espanha registra 2,5 mil terremotos ao ano

Segundo o jornal El País, o sul e o sudeste espanhóis são as regiões mais vulneráveis

Carros atingidos pelos escombros de um prédio, em Lorca (AFP  Vasileios Filis)

Carros atingidos pelos escombros de um prédio, em Lorca (AFP Vasileios Filis)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 12 de maio de 2011 às 10h41.

São Paulo - O terremoto que atingiu a Espanha nesta quarta-feira foi considerado o mais grave em meio século, mas a cada ano, uma média de 2,5 mil terremotos de menor impacto atingem o país. Segundo dados da rede espanhola de monitoramento de tremores publicados no jornal El País, as regiões sul e sudeste são as mais vulneráveis à incidência de terremotos.

Isso porque elas estão localizadas sobre o encontro de três placas tectônicas, chamado de "ponto triplo", uma zona de intenso atrito. A cidade de Lorca, atingida ontem (11) por um tremor de 5,1 graus na escala ritchter, unidade que mede a magnitude do fenômeno, fica justamente no sudeste, sob alta atividade sísmica. Números mais recentes falam em nove mortos e pelo menos 293 feridos.

O último terremoto a deixar mortos na Espanha aconteceu em 28 de fevereiro de 1969, de magnitude 7,3, quando quatro pessoas morreram vítimas de ataque cardíaco. Outro, mais de um século antes, em 1829, com magnitude máxima, de 9 graus, deixou um saldo de 839 mortes e quase 3 mil edifícios destruídos. Várias províncias tiveram que ser reconstruídas.

Em 1884, um terremoto com epicentro na cidade de Arenas del Rey, em Granada, causou 800 mortes e 400 feridos. Desde então, diz o jornal, a maioria dos tremores que ocorreram na Espanha não têm gerado consequência trágicas devido às baixas intensidades, na maior parte dos casos inferiores aos 5 graus.

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