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Espanha pode assumir bancos de poupança, diz jornal

O governo da Espanha quer nacionalizar parcialmente e temporariamente os bancos de poupança do país

Zapatero, primeiro-ministro da Espanha: ele vai reestruturar o setor bancário do país (Eduardo Parra/Getty Images)

Zapatero, primeiro-ministro da Espanha: ele vai reestruturar o setor bancário do país (Eduardo Parra/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 10h31.

Madri - O governo da Espanha pode nacionalizar parcialmente e temporariamente os bancos de poupança do país, conhecidos como "cajas", por meio do Fundo para a Reestruturação Ordenada dos Bancos (Frob). A iniciativa ajudaria a recapitalizar as instituições, informou o jornal espanhol El País.

Dadas as dificuldades que esses bancos enfrentam para levantar recursos sozinhos, o fundo poderia intervir e ajudá-los a obter recursos de investidores privados. Ou "em último caso, o Frob poderia injetar fundos diretamente comprando fatias nas instituições temporariamente", afirmou o jornal, citando um prospecto do fundo distribuído a investidores.

O governo da Espanha também estaria preparando outra medida para reestruturar o setor bancário do país. Segundo o jornal Cinco Días, o Banco da Espanha (o banco central do país) está considerando elevar o limite de capital mínimo dos bancos para perto de 8%, em comparação com o atual nível de 4%. No entanto, não está claro quando essa medida entraria em vigência.

Atualmente, todas as instituições financeiras espanholas superam o patamar de 6% na proporção de capital Tier 1 - medida da adequação de capital de um banco. O movimento do Banco da Espanha poderia provocar mais consolidação não apenas entre as cajas, mas também entre bancos tradicionais, de acordo com o Cinco Días.

O setor bancário tem sido o principal foco de problemas do governo espanhol, enquanto o país tenta sair da crise. Hoje, no entanto, o Goldman Sachs fez uma avaliação positiva sobre os esforços da Espanha e disse que o país não tem problemas de solvência. Mesmo sob um cenário pessimista, a proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) do país pode ser estabilizada em cerca de 90%. As informações são da Dow Jones.

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