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Espanha dissolve Parlamento e retira autonomia da Catalunha

Novas eleições regionais serão convocadas, em data ainda a ser definida

Crise entre Espanha e Catalunha (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Crise entre Espanha e Catalunha (Gonzalo Fuentes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2017 às 10h10.

Paris - Depois de seis semanas de crise secessionista aguda na Catalunha, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou neste sábado a intervenção no governo regional catalão, dominado por separatistas.

O Parlamento regional será dissolvido, o governador Carles Puigdemont será afastado de suas funções, assim como seu vice, e novas eleições regionais serão convocadas, em data ainda a ser definida.

Depois de já ter assumido o controle das finanças da região autônoma, Madri assumirá o controle sobre novas áreas administrativas, ainda não descritas.

Embora o premiê tenha afirmado que as ações não resultam na perda da autonomia da Catalunha, na prática o governo regional hoje constituído deixa de existir legalmente. A decisão foi tomada após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros que perdurou por mais de duas horas pela manhã. A portas fechadas, o gabinete de Rajoy deliberou sobre que medidas adotaria entre as previstas no artigo 155.

Uma hora mais tarde, o primeiro-ministro convocou a imprensa espanhola e internacional ao Palácio de Moncloa para anunciar sua decisão.

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