Mariano Rajoy: presidente da Espanha elogiou a cúpula por ter constatado que fazer frente à imigração ilegal e a suas consequências é uma questão que afeta a UE (Enrique Calvo /Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 15h03.
Bruxelas - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, conseguiu o respaldo dos líderes da União Europeia (UE) a seu plano para evitar tragédias derivadas da imigração ilegal, como as ocorridas recentemente em águas próximas à ilha italiana de Lampedusa, nas quais morreram quase 400 pessoas.
A cúpula europeia de Bruxelas, que terminou nesta sexta-feira, tratou este assunto e outras questões como a suposta espionagem dos Estados Unidos sobre governos da UE.
O chefe do governo espanhol enviou na semana passada ao presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, um documento com uma série de propostas para evitar tragédias como as de Lampedusa e que serviram de base ao acordo dos 28 países do bloco em torno deste assunto.
Embora as medidas concretas não devam ser adotadas até junho do ano que vem, Rajoy disse que o Conselho reagiu com rapidez perante o naufrágio de Lampedusa e destacou o papel ativo da Espanha nesta questão devido à experiência que tem nesse assunto por também ser um país receptor de fluxos de imigração.
Rajoy elogiou a cúpula europeia também por ter constatado que fazer frente à imigração ilegal e a suas consequências é uma questão que afeta todo o conjunto da UE, e que a ação deve reger-se pelos princípios de prevenção, proteção e solidariedade.
No âmbito econômico, o presidente do governo espanhol se mostrou satisfeito pela ratificação do roteiro previsto para a união econômica e monetária, assim como para que, em janeiro, a Espanha possa dispor dos fundos previstos para combater o desemprego juvenil.
Serão 1,8 bilhão de euros com os quais a Espanha poderá contar para esse fim. O governo está trabalhando há muito tempo em um plano para o uso desse dinheiro.
Em relação à espionagem dos Estados Unidos, Rajoy declarou que não tem constância alguma que seu governo tenha sido alvo de monitoramento, mas que deseja ter mais informação para determinar isso com mais certeza e atuar em consequência.