Patrulha da fronteira húngara: ministra eslovena indicou que a Hungria ter desmontado as cercas que colocou na fronteira prova que "ambos os países defendem o respeito das normas de Schengen e da UE" (Reuters / Dado Ruvic)
Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2015 às 11h35.
Zagreb/Budapeste - Eslovênia e Hungria definiram nesta quarta-feira a formação de patrulhas conjuntas na fronteira comum para cumprirem as normas da região Schengen de livre circulação diante da chegada de milhares de refugiados que tentam chegar aos países ricos da Europa.
O acordo e a futura cooperação em matéria de migração e refugiados foram discutidos em reunião dos ministros de Interior da Eslovênia, Vesna Györkös Znidar, e da Hungria, Sándor Pintér, na cidade eslovena Dolga Vais, na fronteira, informou a agência STA.
A ministra eslovena indicou que o fato de a Hungria ter desmontado as cercas que colocou na fronteira prova que "ambos os países defendem o respeito das normas de Schengen e da UE".
Essa cerca foi criticada pela União Europeia (UE) por ser uma barreira entre dois países que pertencem a área de livre circulação de Schengen.
O ministro húngaro acrescentou que haverá uma "cooperação em tempo real" entre os dois países, principalmente para trocar informações sobre a imigração.
Pintér garantiu que seu país está em uma "situação difícil" e antecipou que se a pressão migratória se mantiver nos níveis atuais, a Hungria fechará sua fronteira com a Croácia, assim como fez há duas semanas com a Sérvia.
As autoridades húngaras interceptam diariamente entre cinco mil e dez mil refugiados que entram ilegalmente no país.
Após a Hungria fechar com duas cercas sua fronteira com a Sérvia, as dezenas de milhares de refugiados que chegavam ao país por essa via tomaram uma rota alternativa pela Croácia, de onde acabam chegando de novo à Hungria a caminho de Áustria e Alemanha.