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Escoteiros americanos suspendem veto a crianças transexuais

A partir de agora, os Escoteiros só levarão em conta o gênero que os pais usarem para inscrever o menor

Crianças: decisão coloca fim ao requerimento de certidões (Andreas Rentz/Getty Images)

Crianças: decisão coloca fim ao requerimento de certidões (Andreas Rentz/Getty Images)

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EFE

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 09h08.

Washington - A Associação de Escoteiros dos Estados Unidos anunciou que suspendeu com efeito "imediato" o veto à entrada de crianças transexuais, vigente há mais de um século.

"Percebemos, depois de semanas de discussão, que usar a certidão de nascimento como ponto de referência já não é suficiente", explicou o diretor-executivo da associação, Michael Surbaugh.

Segundo ele, a partir de agora os Escoteiros só levarão em conta o gênero que os pais usarem para inscrever o menor, colocando fim ao requerimento de certidões.

"As comunidades e as leis do governo estão interpretando a identidade de gênero de maneira diferente de como faziam no passado", justificou o diretor-executivo.

Esta decisão representa um novo passo na abertura da organização após anos de polêmica e queixas por sua política discriminatória.

Em 2013, o grupo começou a admitir adolescentes abertamente homossexuais e em 2015 levantaram o veto que impedia adultos gays de trabalhar como monitores.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmones) ameaçou, então, sair da organização por se sentir "profundamente contrariada" por essa mudança.

A nova decisão é anunciada semanas após uma polêmica gerada pela expulsão de uma criança trans de oito anos dos Escoteiros em Nova Jersey.

Nos Estados Unidos existem, aproximadamente, 2,3 crianças inscritas nos Escoteiros, sendo que 70% fazem parte de alguma organização religiosa.

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