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Escoteiros americanos esconderam casos de abuso sexual

E em aproximadamente 80% dos casos, não houve qualquer registro dos Scouts para reportar as denúncias de abuso às autoridades

Escoteiros libaneses participam de evento em Beirute: a Suprema Corte de Oregon ordenou a liberação pública de quase 1.200 arquivos, datados de 1965 a 1985 (©AFP / Anwar Amro)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 15h21.

Washington - Os Boy Scouts (escoteiros) dos Estados Unidos não reportaram centenas de acusações de abusos contra menores de idade durante duas décadas e, geralmente, não informaram a verdade aos pais como forma de salvar a imagem, informa o jornal Los Angeles Times.

Depois de revisar 1.600 arquivos confidenciais, que vão de 1970 a 1991 na centenária organização, o jornal descobriu mais de 500 casos nos quais os escoteiros ficaram sabendo dos abusos pelos próprios menores, pais, funcionários ou denúncias anônimas, sem depois informar os incidentes às autoridades.

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E em aproximadamente 80% dos casos, não houve qualquer registro dos Scouts para reportar as denúncias de abuso às autoridades. O Los Angeles Times também encontrou funcionários que tentaram ativamente esconder as denúncias ou permitiram aos suspeitos ocultá-las em mais de 100 casos.

Apesar da organização, que tem mais de quatro milhões de integrantes adultos e jovens, ter tentado por muito tempo manter os "arquivos da perversão" fora dó alcance do público, pode enfrentar uma onda de ações judiciais, além da imagem ruim com a liberação dos arquivos.

A Suprema Corte de Oregon ordenou a liberação pública de quase 1.200 arquivos, datados de 1965 a 1985, incluindo alguns dos relevados pelo jornal.

Funcionários da organização afirmaram ao Los Angeles Times que em muitos casos optaram por esconder as denúncias para evitar a vergonha das jovens vítimas.

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