Escolas do Nepal reabrem um mês após terremoto
O tremor de 25 abril destruiu escolas em todo o país e muitas crianças tiveram que voltar às aulas em centros provisórios fabricados com bambu
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2015 às 06h32.
Milhares de crianças , muitas delas ainda traumatizadas pela perda de seus familiares, voltaram neste domingo às escolas do Nepal , depois que um terremoto deixou pelo menos 8.600 mortos há um mês.
O tremor de 25 abril destruiu escolas em todo o país e muitas crianças tiveram que voltar às aulas em centros provisórios fabricados com bambu ou tendas de campanha instaladas nos pátios.
Sahaj Shrestha, um menino de oito anos, chegou neste domingo agarrado à mãe à escola pública Madan Smarak, no vale de Katmandu.
A mãe de Sahaj, Mina, explicou que desde que o terremoto destruiu sua casa e os obrigou a viver em uma barraca, o filho está tão traumatizado que não consegue soltar dela nem para ir ao banheiro.
"Ainda há réplicas. É difícil não ficar nervoso ao mandar as crianças outra vez à escola", explicou a mãe à AFP.
"Mas os professores garantiram que aqui eles estarão seguros e pelo menos se sentirão melhores se estudarem e estão com seus amigos", afirmou.
Nesta escola apenas estão sendo usados os prédios que resistiram aos tremores considerados seguros pelos engenheiros e salas de bambu foram construídas dentro de um campo de futebol.
A medida que as crianças chegavam, os professores se sentavam com eles para desenhar ou brincar, tentando recuperar certa normalidade.
"Temos passado tanto tempo em casa que é muito bom vir aqui e brincar e ver os amigos de novo", contou Muskan Bajracharya, de nove anos.
Nas aulas onde as crianças são um pouco maiores, falar sobre o terremoto ou sobre o que aconteceu com suas famílias serve de consolo.
"Nós não estamos dando aulas regulares e treinamos os professores para ajudar as crianças a superar o trauma do terremoto e adaptar-se a estar de volta à escola", explica o diretor da escola, Govinda Poudel.
O terremoto de magnitude 7,8 danificou cerca de 8.000 escolas em todo o país. Nos distritos rurais mais afetadas pelo terremoto, (Gorkha, Nuwakot e Sindhupalchowk) 90% das escolas foram destruídas.
O terremoto de um mês atrás ocorreu num sábado à tarde, quando as escolas estavam fechadas. "Não quero nem imaginar o que teria acontecido se fosse dia de aula", afirma Sakuntala Bhlon, de 37 anos, que tem dois filhos de cinco e oito anos na escola Madan Smarak.
A reabertura estava prevista para 17 de maio, mas teve que ser adiada graças a um segundo terremoto de magnitude 7,4 que sacudiu o país em 12 de maio.
Algumas escolas no Nepal não conseguiram reabrir suas portas neste domingo porque ainda há problemas de segurança ou porque não terminaram de construir as salas de aula provisórias.
"É impossível abrir agora. O piso da escola está cheio de detritos e não temos espaço", explicou Upadhyay Lila Nanda, diretora da escola international Rupak Memorial, localizada no vale de Katmandu.
Por sua parte, a diretora-geral do ministério da Educação, Dilli Ram Rimal, espera que todas as escolas possam ser abertas nas próximas semanas.
"Nós entendemos que nem todas as escolas dispõem de meios suficientes para abrir. Mas a educação é uma parte importante da recuperação e devemos começar o processo", afirma.
Milhares de crianças , muitas delas ainda traumatizadas pela perda de seus familiares, voltaram neste domingo às escolas do Nepal , depois que um terremoto deixou pelo menos 8.600 mortos há um mês.
O tremor de 25 abril destruiu escolas em todo o país e muitas crianças tiveram que voltar às aulas em centros provisórios fabricados com bambu ou tendas de campanha instaladas nos pátios.
Sahaj Shrestha, um menino de oito anos, chegou neste domingo agarrado à mãe à escola pública Madan Smarak, no vale de Katmandu.
A mãe de Sahaj, Mina, explicou que desde que o terremoto destruiu sua casa e os obrigou a viver em uma barraca, o filho está tão traumatizado que não consegue soltar dela nem para ir ao banheiro.
"Ainda há réplicas. É difícil não ficar nervoso ao mandar as crianças outra vez à escola", explicou a mãe à AFP.
"Mas os professores garantiram que aqui eles estarão seguros e pelo menos se sentirão melhores se estudarem e estão com seus amigos", afirmou.
Nesta escola apenas estão sendo usados os prédios que resistiram aos tremores considerados seguros pelos engenheiros e salas de bambu foram construídas dentro de um campo de futebol.
A medida que as crianças chegavam, os professores se sentavam com eles para desenhar ou brincar, tentando recuperar certa normalidade.
"Temos passado tanto tempo em casa que é muito bom vir aqui e brincar e ver os amigos de novo", contou Muskan Bajracharya, de nove anos.
Nas aulas onde as crianças são um pouco maiores, falar sobre o terremoto ou sobre o que aconteceu com suas famílias serve de consolo.
"Nós não estamos dando aulas regulares e treinamos os professores para ajudar as crianças a superar o trauma do terremoto e adaptar-se a estar de volta à escola", explica o diretor da escola, Govinda Poudel.
O terremoto de magnitude 7,8 danificou cerca de 8.000 escolas em todo o país. Nos distritos rurais mais afetadas pelo terremoto, (Gorkha, Nuwakot e Sindhupalchowk) 90% das escolas foram destruídas.
O terremoto de um mês atrás ocorreu num sábado à tarde, quando as escolas estavam fechadas. "Não quero nem imaginar o que teria acontecido se fosse dia de aula", afirma Sakuntala Bhlon, de 37 anos, que tem dois filhos de cinco e oito anos na escola Madan Smarak.
A reabertura estava prevista para 17 de maio, mas teve que ser adiada graças a um segundo terremoto de magnitude 7,4 que sacudiu o país em 12 de maio.
Algumas escolas no Nepal não conseguiram reabrir suas portas neste domingo porque ainda há problemas de segurança ou porque não terminaram de construir as salas de aula provisórias.
"É impossível abrir agora. O piso da escola está cheio de detritos e não temos espaço", explicou Upadhyay Lila Nanda, diretora da escola international Rupak Memorial, localizada no vale de Katmandu.
Por sua parte, a diretora-geral do ministério da Educação, Dilli Ram Rimal, espera que todas as escolas possam ser abertas nas próximas semanas.
"Nós entendemos que nem todas as escolas dispõem de meios suficientes para abrir. Mas a educação é uma parte importante da recuperação e devemos começar o processo", afirma.