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Escassez de papel na Venezuela é forma de censura, diz RSF

A Repórteres sem Fronteiras disse que a escassez de papel na Venezuela é uma forma de censura, e pediu ajuda aos jornais que reduziram ou suspenderam tiragem

Jornal venezuelano El Nacional: pelo menos 37 jornais reduziram ou interromperam circulação (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 14h35.

Paris - A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) classificou nesta sexta-feira de "censura indireta" a escassez de papel na Venezuela e pediu medidas que ajudem os jornais que se veem obrigados a reduzir ou suspender sua tiragem.

"A carência de papel representa uma censura indireta e constitui um golpe ao pluralismo e à liberdade de informação, gravemente atingidos na Venezuela", afirmou a RSF em um comunicado.

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A escassez de papel na Venezuela, devido ao controle da taxa de câmbio exercido pelo governo, obrigou pelo menos 37 jornais a reduzirem sua tiragem ou a interromperem sua circulação, segundo a RSF, organismo com sede em Paris.

A RSF deu como exemplo o caso do jornal mais antigo do país, o "El Impulso", que após anunciar que deixaria de circular, conseguiu se manter graças a uma negociação "de última hora" com as autoridades venezuelanas.

"Pedimos que se tomem medidas similares para apoiar todos os periódicos do país que se viram obrigados a reduzir seu número de exemplares ou a suspender sua tiragem", acrescentou a RSF, que defendeu ainda a continuidade das negociações "para que exista um abastecimento regular de papel".

A Repórteres sem Fronteiras acrescentou que o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, qualificado pelo organismo como "hostil aos meios de comunicação de oposição", empreendeu "uma série de reformas legais e de compras de empresas que favorecem a criação de meios de comunicação pró-governo".

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