Esboço de acordo com Irã é improvável nos próximos dias
Segundo negociador, é improvável que as potências que negociam com o Irã a respeito de seu programa nuclear finalizem um esboço de acordo nos próximos dias
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2015 às 17h48.
Lausanne - É improvável que as seis potências que negociam com o Irã a respeito de seu programa nuclear finalizem um esboço de acordo nos próximos dias, já que as partes ainda divergem bastante sobre temas essenciais, disse um veterano negociador europeu nesta quinta-feira, culpando Teerã por não buscar o consenso.
"Ao contrário do que os iranianos estão dizendo em relação a 90 por cento do acordo ter sido acertado, isso não está correto", afirmou o negociador a repórteres sob condição de anonimato.
"Não estamos próximos de um entendimento." O Irã e o chamado P5+1, que inclui Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Rússia e China, buscam um acordo abrangente para deter as atividades nucleares iranianas mais sofisticadas durante pelo menos 10 anos em troca do fim gradual das sanções.
As potências almejam finalizar o rascunho de um acordo definitivo até o fim de março e um pacto final até 30 de junho.
Um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado norte-americano negou nesta quinta-feira os relatos de que há um esboço de acordo nuclear em circulação entre as seis nações e o Irã. Uma autoridade iraniana ecoou a negativa.
Em particular, várias autoridades ocidentais falaram de um documento com colchetes enfatizando as áreas de discordância.
Um grande obstáculo é que Teerã está pressionando as potências para que concordem em começar a aliviar algumas sanções contra seu programa atômico antes do que alguns países ocidentais estão dispostos, disseram autoridades ocidentais e iranianas.
A rodada atual de conversas na Suíça pode ter que continuar bem além de sexta-feira, afirmou a fonte do Departamento de Estado.
“Estamos bastante distantes. Há muitas questões que ainda precisam ser resolvidas.
Os iranianos precisam fazer concessões substanciais”, disse o negociador europeu.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry , declarou que as partes estão tratando de tópicos difíceis.
“Estamos insistindo em alguns temas duros, mas fizemos progressos”, disse Kerry a repórteres, acrescentando não estar claro quando a delegação norte-americana irá voltar a Washington.
Lá, um funcionário de alto escalão do Tesouro disse que o governo Obama irá trabalhar com o Congresso para impor novas sanções ao Irã se um acordo nuclear não for obtido.
Os legisladores norte-americanos andavam receosos de que a Casa Branca excluísse o Congresso de qualquer pacto e tratasse o Irã com excessiva brandura.
Apesar das discordâncias entre os dois lados em Lausanne, houve um avanço relativo em algumas áreas. Um dos temas centrais em discussão desde o início é o número de centrífugas que o Irã teria permissão para operar. As autoridades ocidentais disseram que a cifra deve ficar em torno de seis mil se um acordo for firmado.
Na terça-feira, o chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, que é próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, havia afirmado que 90 por cento de um acordo estava acertado, com somente um assunto ainda pendente.
Lausanne - É improvável que as seis potências que negociam com o Irã a respeito de seu programa nuclear finalizem um esboço de acordo nos próximos dias, já que as partes ainda divergem bastante sobre temas essenciais, disse um veterano negociador europeu nesta quinta-feira, culpando Teerã por não buscar o consenso.
"Ao contrário do que os iranianos estão dizendo em relação a 90 por cento do acordo ter sido acertado, isso não está correto", afirmou o negociador a repórteres sob condição de anonimato.
"Não estamos próximos de um entendimento." O Irã e o chamado P5+1, que inclui Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Rússia e China, buscam um acordo abrangente para deter as atividades nucleares iranianas mais sofisticadas durante pelo menos 10 anos em troca do fim gradual das sanções.
As potências almejam finalizar o rascunho de um acordo definitivo até o fim de março e um pacto final até 30 de junho.
Um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado norte-americano negou nesta quinta-feira os relatos de que há um esboço de acordo nuclear em circulação entre as seis nações e o Irã. Uma autoridade iraniana ecoou a negativa.
Em particular, várias autoridades ocidentais falaram de um documento com colchetes enfatizando as áreas de discordância.
Um grande obstáculo é que Teerã está pressionando as potências para que concordem em começar a aliviar algumas sanções contra seu programa atômico antes do que alguns países ocidentais estão dispostos, disseram autoridades ocidentais e iranianas.
A rodada atual de conversas na Suíça pode ter que continuar bem além de sexta-feira, afirmou a fonte do Departamento de Estado.
“Estamos bastante distantes. Há muitas questões que ainda precisam ser resolvidas.
Os iranianos precisam fazer concessões substanciais”, disse o negociador europeu.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry , declarou que as partes estão tratando de tópicos difíceis.
“Estamos insistindo em alguns temas duros, mas fizemos progressos”, disse Kerry a repórteres, acrescentando não estar claro quando a delegação norte-americana irá voltar a Washington.
Lá, um funcionário de alto escalão do Tesouro disse que o governo Obama irá trabalhar com o Congresso para impor novas sanções ao Irã se um acordo nuclear não for obtido.
Os legisladores norte-americanos andavam receosos de que a Casa Branca excluísse o Congresso de qualquer pacto e tratasse o Irã com excessiva brandura.
Apesar das discordâncias entre os dois lados em Lausanne, houve um avanço relativo em algumas áreas. Um dos temas centrais em discussão desde o início é o número de centrífugas que o Irã teria permissão para operar. As autoridades ocidentais disseram que a cifra deve ficar em torno de seis mil se um acordo for firmado.
Na terça-feira, o chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, que é próximo do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, havia afirmado que 90 por cento de um acordo estava acertado, com somente um assunto ainda pendente.